A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores pela palavra de seu presidente José Maurício Andreta Júnior, apontou vários fatores que farão com que a indústria automotiva, principalmente os veículos considerados leves como automóveis, SUVs, Vans e furgões, não apresentem nenhum crescimento nas vendas no ano de 2023.
Começa pela inflação mundial que retrai o crescimento. Esta informação é confirmada pelos economistas que preveem um crescimento pífio do PIB no mundo e nos países em desenvolvimento para 2023 e continua pela questão dos juros altos aqui no Brasil. Segundo as previsões o SELIC que é a baliza dos juros no Brasil deverá permanecer em 13,75% pelo menos até o meio do ano. Na reunião de hoje da Anfavea o presidente Marcio Leite apontou que atualmente no Brasil cerca de 70% dos veículos são vendidos a vista e somente de 25 a 30% são financiados. Sem vendas a prazo não há como aumentar a venda de veículos. Também existe a expectativa de um crescimento maior da inflação em face das medidas já anunciadas pelo novo governo (quebra do teto de gastos, abandono de controle da politica fiscal etc.) esta situação deve piorar e não poderia esquecer a questão da falta de componentes entre eles os semi-condutores que ainda causam grandes dores de cabeça para os setores de suprimentos das montadoras.
Há ainda a questão cambial, pois, segundo a palavra do presidente da Fenabrave ele tanto pode cair a R$ 4,00, quanto subir a R$ 6,00 dependendo das atitudes que forem tomadas pelo novo governo.
No entanto ressalta que como estamos em um momento de mudanças tudo pode acontecer e no segundo trimestre deste ano poderão haver novidades.
Há, no entanto, vários novos veículos a serem lançados, o que deve acontecer em breve e o Brasil precisa retomar a rota de crescimento. Citou ainda que esteve na posse do novo ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e que este comentou que em seu discurso sobre a retomada da industrialização no Brasil e quanto isso é importante para aumentarmos o nosso PIB.
Nas projeções Iniciais da Fenabrave ela prevê que as vendas ficarão estacionadas em torno de 2,1 milhões de veículos com crescimento de no máximo 0,1% em relação a 2022, sendo que o segmento de caminhões e ônibus são os que maior chance terão de crescer neste ano.
Fonte: Fenabrave