De acordo com o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – PROCONVE que disciplina as emissões veiculares no Brasil em 31 de março expirou-se o prazo para a venda de ônibus e caminhões com a tecnologia definida como Euro 5.
Diante dessa restrição e segundo a Anfavea na sua reunião com a imprensa do início de maio foram vendidos no Brasil 36.440 caminhões até o final de abril, sendo 32.145 (88,2% do total) produzidos antes do final de 2022, ainda com tecnologia Euro 5, e apenas 4.295 (11,8% do total) caminhões Euro 6, produzidos a partir de janeiro.
Nas palavras do presidente Marcio de Lima Leite, “As vendas recuaram 16,5% sobre o fraco mês de abril de 2022, confirmando os desafios da introdução da oitava fase do programa de controle de emissões, que deixou os produtos nacionais em linha com os mais avançados modelos globais, mas com uma inevitável elevação de custo”.
Já na ponta da produção e também dentro da situação de readequação da produção em relação a demanda, conforme foi explicado logo no início da reunião, foram fabricados 7.255 caminhões em abril, diante dos 12.325 de março, representando uma redução de 41,1%. Quando se compara com abril de 2022, quando foram produzidos 10.072 veículos pesados, a queda é de 28%. No ano passado ainda havia a questão de falta de componentes.
Entre janeiro e abril foram fabricados 31.752 caminhões Euro 6 no país, uma redução de 28,6% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram produzidas 44.455 unidades.
E se considerarmos as vendas de apenas 4.295 caminhões Euro 6, este que já possui uma tecnologia mais avançada, mas que evidentemente também tem um custo maior, o estoque nas concessionárias e nos pátios das montadoras é de 27.457 unidades. Há ainda um componente complicador que á questão dos juros e da liberação do financiamento.
Enquanto não houver uma retomada das vendas que justifique o aumento de produção é muito provável que veremos ainda por alguns meses a questão as paralisações das produtoras.
Fonte: Anfavea