CNI apresenta proposta para o mercado regulado de carbono.

Com o potencial de movimentar até R$ 128 bilhões em receitas, segundo estimativas do projeto Partnership for Market Readiness (PMR), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou dia 20, sua proposta para a implementação de um sistema regulado de comércio de emissões de carbono no Brasil. Os sistemas de precificação de carbono se impõem de forma crescente no mundo, em particular pelo grande volume de receitas movimentadas, em torno US$ 95 bilhões no ano de 2022, de acordo com estimativas do Banco Mundial.

Após avaliar os modelos praticados por Estados Unidos, União Europeia, México, Japão e Coreia do Sul, em um estudo lançado em 2021, a CNI coordenou as discussões com a base industrial e esboçou a arquitetura detalhada de um modelo de precificação sob a ótica do cap and trade – modalidade vista como a melhor para o Brasil – que apresenta também aspectos relativos à governança do sistema.

Entre os anos de 2016 e 2020, a CNI, federações de indústrias, associações setoriais e empresas participaram do projeto Partnership for Market Readiness (PMR Brasil). A iniciativa, coordenada pelo governo brasileiro em parceria com o Banco Mundial, finalizou em dezembro de 2020, e os resultados sugeriram algumas linhas de ação para o sucesso do estabelecimento do mercado regulado de carbono, como implementação gradual, adoção de um valor mínimo de emissão anual, regulação com abrangência nacional e mecanismos de estabilização de preços.

O documento foi divulgado no evento Diálogo: Mercado Regulado de Carbono e a Competitividade Industrial, que contou com a participação do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, além de representantes do Congresso Nacional.

Fonte: Assessoria de Impresna CNI