Apesar de apresentar um resultado positivo no mês de maio, Carlos Loureiro, presidente executivo do Inda, chamou a atenção para o problema do excesso de importação de aço planos.
Segundo ele os preços aqui no Brasil estão mais caros do que no exterior e além disso a baixa do dólar contribuem para uma entrada excepcional de aço importado inundando o mercado e puxando os preços para baixo.
Ele lembrou ainda que por outro lado a maioria dos estoques que a rede de distribuição possui foi adquirida com preços acima do que está sendo praticado. Disso resulta que a cada venda está se realizando um prejuízo.
Do lado das usinas ele afirmou que os ajustes que foram praticados em maio, não conseguiram ser implementados e voltaram-se os preços de abril. Além disso a parada para manutenção de alguns equipamentos tem contribuído para uma maior dificuldade que o setor vem enfrentando.
O resultado do mês de maio de 2023 mostra que as vendas cresceram em 9,9% quando comparadas com o mês anterior, com um montante de 331 mil toneladas, pois naquele mês foram 301,1 mil toneladas E considerando-se o mesmo mês do ano passado (312 mil toneladas) o crescimento foi de 6,1%.
As compras das usinas contabilizaram 354,4 mil toneladas com crescimento de 11,5% em relação a abril quando entraram nos estoques 318 mil toneladas. Em relação ao mês de junho do ano passado quando foram compradas 366,7 mil toneladas a queda foi de 3,3%.
Com esta movimentação o estoque cresceu 2,9% estacionando em 841 mil toneladas o que representa um giro de 2,5 meses.
E as importações, essas saíram da curva. Foram 190,4 mil toneladas ou seja o equivalente a mais de 57% do que a rede de distribuidores vendeu no mês. Se comparado com o mês anterior o crescimento foi de 18,3% e se comparado com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 35,4%.
Mais um detalhe sobre as importações. Quando comparamos os primeiros cinco meses do ano de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, teremos um crescimento nas importações de 21,9% pois foram 849.961 mil toneladas em 2023, contra 697.142 do ano passado.
Complementando, Loureiro ainda disse que acredita que existam nos depósitos principalmente do porto de São Francisco do Sul, que é a principal entrada de aço importado no Brasil, cerca de 250 mil toneladas que deverão ser internadas nesses próximos meses, uma vez que há condições favoráveis para isso.
Fonte: Inda.