De acordo com análise divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a taxa de desocupação atingiu em abril deste ano, o patamar de 8,0% na série dessazonalizada. Os dados foram calculados pelo Instituto a partir da série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o resultado mais baixo da desocupação dos últimos oito anos, e é explicado pela retração da força de trabalho aliada à expansão da ocupação.
Em abril, na comparação com o mês anterior, a população ocupada apresentou a quarta expansão consecutiva, abarcando aproximadamente 99,2 milhões de pessoas. Adicionalmente, enquanto a ocupação formal registrou crescimento médio interanual de 3,2%, no último trimestre, encerrado em abril, a população ocupada informal apresentou retração de 0,6%, nesta mesma base de comparação.
Nos últimos 12 meses, encerrados em abril, todos os setores mostram criação líquida de empregos, com destaque para o comércio (376,2 mil), os serviços administrativos (264,5 mil), a indústria de transformação (204,9 mil) e a construção civil (191,6 mil). Parte dessa trajetória de queda da desocupação também é creditada ao recuo da taxa de participação, que passou de 63,0% para 61,8%, entre abril de 2022 e 2023. Em abril deste ano, o contingente de 107,9 milhões de pessoas pertencentes à força de trabalho era 0,8% menor que o observado no mesmo período do ano anterior. Já nos últimos 12 meses, a população desalentada registra queda de 15,8%. Os números caíram de 4,3 milhões, em abril do ano passado, para 3,5 milhões em abril deste ano.
Fonte: Ipea