No dia 30, às 21h15, o Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro histórico da capital paulista, atinge a marca de R$ 2 trilhões em impostos. Este é o valor pago pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária. Em contraste, no ano passado, esse patamar foi alcançado em 14 de setembro.
O economista-chefe da ACSP, Marcel Solimeo, revelou que a diferença de 14 dias se deve, em parte, à inflação acumulada durante o respectivo período. A alta da inflação, embora tenha sido mitigada por algumas medidas de desoneração, exerceu influência direta ao aumento dos preços dos produtos e, por consequência disso, para arrecadação tributária.
De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), Gilberto Amaral, no ano passado tivemos a desoneração dos impostos sobre os combustíveis e uma diminuição nas alíquotas de ICMS sobre combustíveis e energia elétrica. Entretanto, em 2023, essas medidas foram revertidas, começando em maio e junho do mesmo ano.
Solimeo ainda alerta para a necessidade de abordar os gastos públicos como parte fundamental da equação econômica do Brasil, a qual ainda está em expansão. O economista menciona o Regime Fiscal Sustentável, conhecido como o novo Arcabouço Fiscal (PLP 93/2023) e que procura controlar o endividamento, substituindo o teto de gastos em vigor, por um regime fiscal sustentável, focado no equilíbrio entre a arrecadação e as despesas.
Fonte: Marina Nascif, mnascif@acsp.com.br – Assessoria de Imprensa