Com um recuo de 0,6% entre junho e julho, sem efeitos sazonais, a produção industrial teve queda pouco abaixo da expectativa da FIESP de 0,5%. O resultado no mês foi puxado pela indústria extrativa (-1,4%) e pela indústria de transformação (-0,4%). Na comparação do resultado de julho de 2023 com o mesmo período do ano passado, houve recuo de 1,1%. No acumulado em 12 meses até julho, a produção industrial registra estabilidade.

Produção industrial – Indústria Geral
Variação acumulada em 12 meses

Fonte: elaboração FIESP a partir de dados do IBGE

No acumulado do ano, jan-jul/23 na comparação com jan-jul/22, a indústria geral registra queda de 0,4%. Entre as categorias econômicas, bens de capital mantém uma variação negativa de 10,8% na mesma comparação. O setor vem sendo pressionado pelas reduções observadas em setores mais sensíveis ao alto custo do crédito, como a fabricação de bens de capital para energia elétrica (-28,0%), para fins industriais (-8,6%) e para equipamentos de transporte (-6,1%). Ainda no terreno negativo, o setor de bens intermediários registra queda de 0,5%.

Por outro lado, bens de consumo duráveis assinalou expansão de 4,3%, apesar de também ser um setor sensível ao crédito. Essa variação ocorre devido à base de comparação deprimida, dado que o setor apresentou queda no mesmo intervalo de comparação 2022/21 (-10,6%). Contribuiu para esse resultado o crescimento da produção de eletrodomésticos (+11,8%), de automóveis (+3,1%) e de motocicletas (+15,6%). Por fim, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (+1,4%) também mostrou crescimento no indicador acumulado no ano. Com isso, a FIESP mantém a projeção de queda de 0,5% da produção industrial em 2023, que, se confirmada, será a sétima queda em 10 anos.

Fonte: FIESP – Assessoria de imprensa