Mesmo apresentando queda na produção e nas vendas o presidente da Anfavea Marcio de Lima Leite considerou o mês de setembro positivo para o setor.

Isto porque na sua colocação o número de dias uteis em setembro foi menor do que o mês anterior o que justificam as quedas registradas. E a média diária de vendas foi a segunda maior do ano ficando somente atrás de julho quando estava em vigor o incentivo governamental para compra de veículos novos.

Na questão da produção a média diária foi de 10,4 mil unidades, a maior do ano, totalizando 209 mil autoveículos. Este número representou uma queda em relação ao mês anterior de 8% e em relação ao mesmo mês do ano passado, praticamente uma estabilidade com queda de 0,5%.  No acumulado de janeiro a setembro temos uma queda de 0,3%.

Já nas vendas foram 198 mil unidades vendidas, contra 207,7 do mês anterior que representaram queda de (-)4,8%. Sobre o mesmo mês do ano passado houve crescimento de 1,9% e se considerarmos o período de janeiro a setembro o avanço foi de 8,5% o que levou a Anfavea a revisar suas projeções do ano conforme nota divulgada em nosso portal.

As exportações continuam sendo ponto fraco do setor e o mês foi o mais fraco do ano, com 27 mil embarques.

 Para máquinas autopropulsadas, os números são referentes a agosto, e houve boa recuperação na comparação com julho. Máquinas agrícolas cresceram 23,3% em vendas e 0,8% em exportações. A desvalorização das principais commodities, de 8% a 25%, continua inibindo os investimentos dos agricultores, o que justifica a queda de 9,9% no acumulado do ano.

As máquinas rodoviárias registraram alta de 25,6% nas vendas e de 35,5% nos embarques em agosto. Mas no acumulado, caíram 20,9% em relação ao ano passado, que teve recorde histórico de vendas. Até este momento, a expectativa de operacionalização do PAC leva muitas empresas a postergar seus investimentos.

Comentando sobre o momento atual, o presidente disse que vem fazendo gestões junto ao governo federal para que seja recomposta a tarifa de exportação de carros elétricos que foi suspensa que foi suspensa para incentivar uso destes veículos.

No entanto para que a indústria nacional possa competir em nível de igualdade e os parâmetros sejam idênticos a todos os competidores não pode haver privilégios como está ocorrendo.

Foi também alvo de comentários a chegada de investimentos asiáticos no Brasil para fabricação aqui de carros e componentes elétricos e ele disse que será muito benéfico pois serão injetados investimentos em solo nacional. Fez questão de frisar de que o pleito da Anfavea é simplesmente para que haja condições de competitividade e não fiquemos excluídos deste mercado que promete revolucionar o futuro da mobilidade mundial.

Fonte: Anfavea