O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite considerou que a redução no número de dias úteis em setembro foi fator determinante para a queda na produção e venda de veículos automotores em setembro.
Ele justificou sua posição mostrando que a média diária de vendas foi a segunda melhor do ano, ficando só atras de julho quando haviam incentivos governamentais na compra de veículos novos
Na questão da produção a queda deu-se em relação ao mês anterior na proporção de 8%, mas comparando-se com o ano de 2023, manteve-se estabilidade com uma pequena queda de somente 0,5%.
Já as vendas foram 198 mil unidades, contra 207,7 do mês anterior com queda de 4,8%. Sobre o mesmo mês do ano passado houve crescimento de 1,9% e ao considerarmos o acumulado no período de janeiro a setembro o avanço foi de 8,5% o que levou a Anfavea a revisar suas projeções do ano de 2023.
A nova previsão é de um fechamento anual com 2.732 mil autoveículos produzidos, 0,1% a mais do que em 2022. Na previsão original de janeiro, esperava-se um crescimento de 2,2%. Na divisão por categorias, o crescimento na produção de automóveis e comerciais leves foi revisto de 4,2% (janeiro) para 3,2% (outubro), enquanto o recuo na produção de caminhões e ônibus foi de 20,4% para 34,2%. A alta nos emplacamentos tem sido a melhor notícia para o setor no ano.
Segundo Marcio da Lima Leite: “Havia um temor de que o mercado se retrairia após o fim dos descontos oferecidos pelo governo federal, mas a média diária de vendas vem crescendo de forma consistente nos últimos dois meses”.
Com isso, a projeção de crescimento nos emplacamentos foi elevada de 3% para 6% sobre o volume de 2022, com uma expectativa de 2.230 mil unidades no acumulado deste ano, sendo que para leves ela foi revista de 4,1% para 7,2% de alta. “Contudo, dois terços dessa maior demanda do mercado interno vem sendo atendida por produtos importados, que vem crescendo mês a mês”, ressaltou Leite.