O diretor executivo da Alacero – Associação Latino Americana de Aço, Alejandro Wagner escreveu um artigo com o título “É hora de agir contra o Dumping” se referindo a chegada de aço chinês com preços abaixo do custo de fabricação.
O artigo aponta que entre os anos de 2000 e 2022, a produção de aço na América Latina avançou 12%, para 63 milhões de toneladas anuais. Embora o crescimento tenha sido inferior à média mundial ex-China, de 20%, quando incluímos o mercado chinês essa expansão muda de perspectiva. A produção chinesa saltou 692% nesse período, chegando a 1,018 bilhão de toneladas.
Práticas comerciais abusivas praticadas pela indústria chinesa do aço precisam ser combatidas para que as empresas latino-americanas possam competir em pé de igualdade. Sociedade, governos e empresas podem fazer muito mais pela defesa comercial de um setor extremamente relevante para a economia latino-americana. O que não é possível fazer é assistir, passivamente, a indústria do aço ser destruída por práticas comerciais abusivas diz o artigo.
E ele continua dizendo que é Impossível Competir, porque na raiz de todas essas questões está a impossibilidade de competir em pé de igualdade com a indústria chinesa. E é impossível competir porque eles atuam com regras muito diferentes das de qualquer país minimamente interessado em desenvolver a competição e estimular o empreendedorismo e uma cultura de livre mercado. O aço chinês não compete de isonômica com o aço latino-americano – ou, para ser mais exato, com o aço fabricado em qualquer lugar do mundo.
O artigo sua íntegra será apresentado na edição 172 da revista Siderurgia Brasil e também será objeto de debate no Congresso Alacero Summit 2023, acontecendo em novembro em São Paulo.