A atividade de fabricação de máquinas e equipamentos amargou mais um mês de resultados negativos ao divulgar o desempenho do mês de outubro.
Segundo a Abimaq, entidade que representa o setor, sua receita liquida caiu (-)4,8% em relação ao mês anterior e (-) 9.8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram faturados no mês R$23.766 milhões. O acumulado do ano mostra uma queda de (-) 9.9% em relação ao período anterior.
O que continua “segurando” o setor são as exportações que registraram crescimento de 22,2% sobre o mês anterior e 28,8% sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado dos últimos doze meses há um crescimento de 16,2% nas exportações sobre o período anterior.
Falando ainda sobre as exportações a receita do mês atingiu a US$1,42 bilhão que é a segunda maior receita de exportações em toda a história da Abimaq.
Considerando o destino de nossas máquinas a América do Norte cresceu sua participação nas importações com 36,4% do total, sendo que os EUA absorveram 28,4% deste total. O segundo melhor destino foi a América do Sul, com 32,1%, sendo a Argentina responsável por pouco mais de 1/3 do total. Dentre os países que apresentaram queda no período (cerca de 10% do mercado) apareceram o Chile (-19%), a Colômbia (21%), a China (10%) e o Reino Unido (21%).
Dentre os grupos setoriais que registraram maior crescimento nas exportações aparecem os produtores de máquinas para logística e construção civil, componentes para bens de capital e máquinas para bens de consumo.
Já nas importações, ao contrário do que vêm se observando na siderurgia, por exemplo, houve queda nas importações de máquinas e equipamentos de quase todos os segmentos monitorados, entre eles o de infraestrutura, construção civil e agrícola, o que reforça o quadro de desaceleração em boa parte das atividades nacionais.
Outro indicado de que existe a estagnação das atividades econômicas é a análise do Consumo Aparente que é o resultado da soma da aquisição de bens produzidos localmente com os importados. Ele registrou queda, piorando o resultado acumulado em 2023. O consumo no mês de outubro foi de R$ 27,4 bi, 9,2% inferior ao do mês de Set23 (R$ 30,19 bi) e 19,1% abaixo do resultado observado no mesmo mês de 2022 (R$ 33,89 bilhões).
No ano (Jan/Out) o consumo aparente nacional de máquinas e equipamentos caiu para R$ 301,6 bilhões, ante 336,5 bilhões no mesmo período do ano anterior fato que reforça a preocupação com o crescimento econômico no próximo ano.
O nível de utilização da capacidade instalada recuou 4,6% mas ainda permanece com em 75,8% e o setor acumula um carteira de pedido de 9,3 semanas de atividades, com pouco mais de 390 mil empregos diretos.
Fonte: Abimaq