No documento Informe Conjuntural: Economia Brasileira 2023-2024 divulgado dia 14 de dezembro, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2024 a entidade prevê expansão da economia brasileira de 1,7%. Para 2023, a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 3%, o mesmo percentual de 2022. A CNI avalia que o PIB atual foi construído sobre fatores conjunturais excepcionais, como o expressivo crescimento do PIB da agropecuária, e com queda dos investimentos produtivos.

Já o consumo das famílias deve crescer 2,6% e o investimento vai recuar 3,5% neste ano. A expectativa é de que a taxa de investimento, que é a relação entre a formação bruta de capital fixo e o PIB, deve cair para 18,1%, ante 19,3%, em 2022.

A expectativa para o próximo ano é de que o mercado de trabalho não deverá repetir o crescimento de 2023. A previsão é de alta de 2,9% na massa salarial em 2024 ante a crescimento de 6,4%, neste ano. Isso se deve ao fato que, para 2024, a CNI projeta um crescimento menor do número de pessoas ocupadas.

A CNI também prevê que o cenário econômico internacional será pouco favorável, o que deve impedir novos aumentos históricos no saldo positivo da balança comercial. A CNI ainda espera a manutenção da trajetória da queda de inflação, com o IPCA em 3,9% ao fim de 2024. A manutenção desse cenário mais favorável permitirá a continuidade da sequência de cortes da Selic, de modo que a taxa deve terminar 2024 em 9,25% ao ano.

“O crescimento sustentado da economia está diretamente ligado ao aumento do investimento. E a agenda da economia verde, da sustentabilidade, da pesquisa e inovação, da transformação digital, indica o caminho para que o Brasil atraia indústrias e desenvolva infraestrutura para fazer a transição para uma economia de baixo carbono. O país está muito bem-posicionado para ser protagonista dessa neoindustrialização, o que pode ser alcançado pela definição de um política industrial bem estruturada e com foco em superar os desafios de nossa sociedade”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Fonte: CNI