Conforme comunicado oficial do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu-se reduzir a taxa de juros (SELIC) de 11,25% para 10,75%. Mesmo com a recente alta do dólar e com a manutenção dos juros altos nos Estados Unidos, o órgão entendeu que cabe a continuidade da queda iniciada há alguns meses. Esse foi o sexto corte desde agosto do ano passado, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário.
Com esta decisão a taxa chegou ao menor nível em dois anos, uma vez que em março de 2022, também estava em 10,75%. Em fevereiro daquele ano, chegou em 9,25%. Especialistas opinaram que a expectativa do mercado financeiro é de que a taxa de juros continue recuando ao longo de 2024 e que termine este ano em 9% ao ano.
Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Nos comunicados das últimas reuniões, o Copom tinha informado que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, tinham previsto, por unanimidade, cortes de 0,5 ponto percentual nos próximos encontros. No entanto, existe a dúvida de que a Selic vai ser reduzida apenas até a reunião de maio ou se os cortes continuarão até o segundo semestre.
Falando em inflação para 2024, a meta que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas também são de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de tolerância.
No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 3,5%, dentro da meta de inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de março.
Fonte: Agência Brasil de Notícias