A indústria siderúrgica terá de usar todo o seu poder e capacidade de superação para mudar o jogo que vinha se desenhando até o final do ano passado. Já está claro que a chegada do aço vindo da China não vai diminuir de intensidade nos próximos meses e, talvez, ao longo do ano de 2024.
Nada indica que as reinvindicações das usinas nacionais junto ao Governo Federal para estabelecer uma taxa de contingenciamento nos aços chegados dos países asiáticos surtam efeitos, assim como ocorre na União Europeia, nos Estados Unidos e no México. E muito menos que os pleitos para levantamentos de salvaguardas similares, impostas em várias partes do mundo, venham ser adotadas por aqui.
Não se pode esquecer que a indústria siderúrgica e o Brasil têm compromissos internacionais assinados com o objetivo de diminuir as emissões de CO2, descarbonizar o seu processo produtivo, para, enfim, buscar a melhoria das condições de sustentabilidade de todo o planeta, e ainda melhorar a produtividade e aprimorar a qualidade do aço ofertado.
Atrelado a esse cenário de necessidades imediatas, está também a busca de novas fontes de energia, já que aquela baseada na queima de carvão é altamente poluidora. E para controlar o seu desempenho em níveis aceitáveis, serão necessários pesados investimentos, que nem sempre redundam em resultados concretos relacionados ao efeito desejado.
Por conta disso, a revista Siderurgia Brasil abre o seu 25º ano de existência abordando nesta edição de março exatamente o tema “Energia”. Nela saímos atrás de informações sobre as opções disponíveis para substituir a matriz tradicional de fabricação do aço, o que pode ser, e efetivamente, vem sendo feito, e a que custo. Assim, com a ajuda de especialistas, fomos buscar uma série de sinalizações, recomendações e aconselhamentos, que, mais do que úteis, se revelam fundamentais para a tomada de decisão e a escolha dos novos caminhos.
Além disso, trazemos em nossas páginas outra matéria sobre o Aço Inox, cujas aplicações e possibilidades vem crescendo no gosto popular e inspiram a materialização de um novo universo de possibilidades. Atualmente, já percebemos centenas de prédios nas principais cidades do país utilizando esse nobre metal como alternativa para revestimentos, além do seu uso internamente, que comprovam definitivamente a preferência de sua utilização pelos arquitetos de várias gerações. Leia a reportagem especial que trazemos sobre esse tema e conheça algumas das diversas aplicações desse produto.
E não poderíamos ficar de fora da homenagem às mulheres no mês em que se comemora o seu dia. Por isso, apresentamos aqui também uma reportagem exclusiva sobre a crescente e meritória participação delas também em nossa indústria. E, é claro, nesta edição também trazemos as estatísticas, os lançamentos e as novidades que vem movimentando o nosso setor.
Após o estrondoso sucesso do lançamento do Anuário Brasileiro da Siderurgia 2024, com o qual batemos vários recordes de visitação em nosso portal, não poderíamos deixar a “peteca cair” na presente edição, que, esperamos venha mais uma vez ao encontro das expectativas de nossos leitores.
Continuamos contando com seus comentários, críticas e sugestões por meio de nossos canais de comunicação, que nos ajudarão na elaboração das próximas edições.
Saudações e, como sempre, boa leitura!
Henrique Pátria