Para Lígia Marta Mackey, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), a construção civil é uma área que produz muitos resíduos e tem um consumo considerável de energia. Assim, estar aberto a novas soluções que ajudam o setor a diminuir seu impacto. significa não apenas fazer a sua parte para lidar com a emergência climática ou atender a consumidores cada vez mais preocupados com a questão, mas também reduzir gastos. “Falar em sustentabilidade, por exemplo, não é mais opcional, é imperativo.“ diz ela.
Lígia ressalta que segundo o United States Green Building Council (USGBC), o Brasil é o quinto com mais construções sustentáveis no mundo em uma lista de 180 países e para que uma obra seja, de fato, considerada sustentável, eficiência energética e gestão de resíduos, por exemplo, devem ser levados em conta.
Outro ponto importante destacado, é o impacto da Inteligência Artificial (IA) na construção civil. Um exemplo é o BIM (Building Information Modeling – Modelagem da Informação da Construção, em português), uma metodologia que utiliza um conjunto de softwares e ferramentas que integram projetos em diversas etapas da construção civil, tornando, as obras mais rápidas, baratas e sustentáveis. Obras feitas com o BIM costumam custar até 20% menos, além de serem concluídas com mais agilidade.
‘‘Não acredito que a IA vai fazer as pessoas perderem seus empregos. O trabalho do engenheiro civil vai continuar sendo crucial para a segurança de todo tipo de edificação. As máquinas precisam ser supervisionadas. Afinal, se um prédio ou uma ponte colapsar, quem vai ser responsabilizado? É claro que para usar bem tanta novidade, precisamos entender como elas funcionam e a capacitação é essencial. O mercado vai sim exigir que as pessoas saibam trabalhar com a tecnologia e quem não se adaptar vai ficar para trás.“ conclui.
Fonte: Assessoria de imprensa Crea-SP