Segundo dados do Ministério da Economia, Secex, após meses seguidos de alta, as exportações de sucatas ferrosas, insumo usado na fabricação de aço pelas siderúrgicas, recuaram em março deste ano. As exportações alcançaram 36.658 toneladas no mês passado, um recuo de 48,7% em relação a março de 2023, com 71.399 toneladas. Comparadas a fevereiro deste ano, com 74.099 toneladas, a redução foi de 50,5%. No primeiro trimestre do ano, as exportações em 2024 somaram 188.262 toneladas, volume ainda superior em 11,6% ante os três primeiros meses de 2023, com 168.629 toneladas.
De acordo com Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), “As dificuldades no mercado interno continuam, apesar da pequena melhora, mas em março alguns fatores excepcionais levaram à queda das exportações: fretes marítimos em alta em função de conflitos no Mar Vermelho; período de Ramadã para os muçulmanos, com diminuição dos negócios; e eleições na Índia, um dos grandes consumidores de sucata brasileira”, afirma.
Para Alvarenga, não está claro qual será o comportamento do mercado de sucata ferrosa nos próximos meses. “Há uma incógnita tanto no exterior como no mercado nacional. A melhora interna é pontual e o momento das empresas de reciclagem de ferro e aço é de cautela”, diz o presidente do Inesfa, que também ressaltou que uma das maiores preocupações do setor é a questão tributária.
Fonte: Letras & Fatos Comunicação – Assessoria de imprensa