A edição de maio de nossa revista apresenta nitidamente dois extremos da vida brasileira. De um lado, temos a cobertura da FEIMEC 2024, que, sem dúvida alguma, se alçou ao status de a maior feira de máquinas e equipamentos do setor metalmecânico do Hemisfério Sul, reunindo incríveis 1.200 expositores, e atraindo mais de 65 mil visitantes, vindos de todos os pontos não só do Brasil, como da América do Sul e de vários outros continentes.
É quase impossível descrever a grandiosidade desse evento, mas, nessa matéria com foco exclusivo em nosso país, procuramos sintetizar aquilo que vimos e ouvimos dos expositores, que, como nós, acreditam e trabalham duramente para que, um dia, nossa indústria possa ocupar seu merecido lugar de destaque entre as maiores potências mundiais. A FEIMEC mostrou que temos todas as condições de chegar lá, mas temos de ajustar muitos parâmetros – principalmente econômicos e políticos –, a fim de competirmos em pé de igualdade no disputado espaço desse cenário.
E, no outro extremo, para a nossa imensa tristeza e consternação, mostramos um pouco do que está sendo a chamada de “a pior tragédia climática dos últimos tempo no Brasil”. Em uma situação absolutamente fora de controle, as chuvas torrenciais que se abateram sobre o Rio Grande do Sul provocaram a perda de centenas de vidas, destruíram grande parte dos bens naturais e daqueles físicos, construídos pelo homem, aniquilando o patrimônio público e privado do estado gaúcho. Difícil dimensionar e relatar a extensão daquilo que aconteceu com essa brava gente, particularmente aquela que, em particular, está inserida entre os elos da cadeia do aço daquela região, a quem continuamos daqui oferecendo nossa total solidariedade e dirigindo nossas vibrações positivas, no sentido de que essa página seja definitivamente virada, para que esses nossos irmãos da forma mais rápida possível, possam retomar ao quadro de normalidade de suas vidas.
Em outro momento, ouvimos a palavra de nosso amigo – que já esteve presente, contribuindo com sua aguçada sabedoria, em várias edições da revista Siderurgia Brasil –, o Prof. Ives Gandra da Silva Martins, um dos mais renomados juristas do nosso país e do mundo, que nos alerta sobre como a burocracia pode impactar negativamente na Reforma Tributária, aguardada há mais de 30 anos, e que, embora ainda não se mostre ideal, deve melhorar um pouco a vida dos brasileiros.
Em nossas páginas você vai ler também um artigo bastante esclarecedor sobre a intrincada equação do fornecimento de matérias-primas básicas globais, que dependem da logística internacional para chegarem no seu destino em segurança e no tempo certo, mas que estão sendo prejudicadas em função dos impactos dos conflitos e guerras que o planeta infelizmente assiste nos dias de hoje.
Além disso – e meio que na direção inversa –, trazemos algumas boas notícias nesta edição, por meio de estatísticas que mostram que tanto o fornecimento do aço para o mercado interno quanto para alguns setores, como o da distribuição do aço e, ainda, o automotivo, apresentaram resultados positivos em suas últimas rodadas de divulgação.
Assim, com a certeza de que, mais uma vez, estamos entregando aos nossos leitores nesta edição da revista Siderurgia Brasil informações valiosas e de altíssima qualidade, os convidamos a ler com atenção cada uma dessas matérias. E, claro, continuamos ávidos por receber pelos nossos canais de comunicação seus feedbacks, na forma de opiniões, comentários, críticas e sugestões, a fim de podermos aperfeiçoar, sempre e cada vez mais, o conteúdo de nossa revista.
Boa leitura, e vamos em frente!
Henrique Pátria
henrique@grips.com.br