Conforme dados divulgados pelo Inda – Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, entidade que congrega os processadores e distribuidores de aços planos, no mês de julho, a atividade recuou suas vendas em 0,9% em relação ao mês anterior, atingindo a 335,7 mil toneladas contra 338,7 mil. No entanto se for comparado com o mesmo mês do ano passado houve crescimento de 8,2% uma vez que naquele mês foram vendidas 310,2 mil toneladas.
As compras junto às usinas produtoras seguiram o mesmo ritmo e recuaram 1% com um total de 349,5 mil toneladas contra 352,9 mil. Já em relação ao ano passado com 301,8 mil toneladas houve uma alta de 15,8%.
Com este movimento os estoques da rede de distribuidores e processadores, cresceu 1,5% com um montante em estoque de 943,3 mil toneladas que representa um giro de 2,8 meses de vendas.
As importações mostraram um crescimento de 3,8% em relação ao mês anterior, com volume total de 219,2 mil toneladas contra 211,2 mil. Uma vez comparados com o mesmo mês do ano anterior (202,2 mil ton.), as importações também mostraram alta de 8,4%.
Perguntado sobre o futuro em relação ao setor Carlos Loureiro, presidente executivo do Inda, explicou que há grandes incertezas no futuro uma vez que a recente implantação das cotas tarifas pelo governo para coibir a chegada de aços principalmente da China deve dar novos contornos ao mercado. Por exemplo as cotas de zincados e revestidos de um modo geral já atingiram ao seu limite de 100% das cotas. Lembrou ainda que estes tipos de aços estão sendo muito procurados pelo mercado, enquanto outros tipos de aços ainda atingiram os limites. Uma dúvida é se após as cotas atingidas continuará a importação? Outro fator é a questão da variação do dólar. Nos últimos tempos o dólar vem atingindo sua maior desvalorização no Brasil e com isso também não há vantagens na importação.
Uma vez questionado sobre os preços no mercado, Loureiro alertou que os números mostram queda nos preços no exterior. Aqui no Brasil, CSN e Gerdau já fizeram ajustes no mês passado e agora neste mês a ArcelorMittal fez o seu anuncio. No entanto a pressão do mercado poderá fazer com que as usinas ajustem seus preços para se adequar ao mercado.
Na projeção para curto prazo Loureiro entende que haverá estabilidade em torno do que ocorreu em julho ou um crescimento mínimo de 1%.
Fonte: Inda