A venda de aços planos em território brasileiro apresentou reação e cresceu 4,3% quando comparada a julho e 2% quando comparada a agosto de 2023. Foram comercializadas no total 350,1 mil toneladas no período. Aqui cabe uma ressalva: Segundo Carlos Loureiro, presidente executivo da entidade as vendas seriam maiores, mas a presença ainda muito forte de importadores que colocam seus aços em distribuidores e revendedores que não fazem parte do quando do Inda, impediram esta expectativa. A maior concorrência dos distribuidores, são os importadores.
As compras junto as usinas nacionais foram de 368 mil toneladas representando um crescimento de 5,3% em relação a julho que houvera registrado compras de 349,5 mil toneladas e de 6,4% em relação a agosto do ano passado, quando as compras foram de 345,8 mil toneladas.
Com esta movimentação os estoques acusaram alta de 1.9% passando para 961,1 mil toneladas que representam 2,7 meses de vendas, número considerado satisfatório para manter as empresas em um nível financeiro saudável, segundo Carlos Loureiro.
As importações permaneceram em alta com a entrada em portos brasileiros de um volume de 287,9 mil toneladas que representou crescimentos de 31,3% em relação ao mês anterior e 24,7% em relação a agosto de 2023.
Tal nível de importação fez Loureiro dizer que há dúvidas quanto a eficácia do sistema de cotas de importação que passou a vigorar no Brasil desde 1 de junho, uma vez que tem havido o famoso “jeitinho” de burlar as normas. Os importadores tem encomendado aços com 3 ou 4% a mais de boro, por exemplo, que é um produto químico que praticamente não altera a composição do aço e com isso fogem da NBM que está incluída no sistema, para cair em uma outra NBM, isenta de cota. Como para a maioria das utilização deste aço, com esta alteração química pouco ou nada representa, esta foi a forma encontrada para burlar a norma e continuar entrando aço chines em larga escala.
Atualmente mais de 90% do aço plano que entrou neste ano no Brasil veio da China. Outro problema sério existente é que a grande entrada de aço importado tem chegado pelos portos do Norte e Nordeste do Brasil, e por São Francisco do Sul em Santa Catarina, locais onde há intensos benefícios fiscais, que segundo ele fazem com que o aço transportado para os grandes centros consumidores chegue com diferenças de 4 a 5%, ou até mais, dependendo do produto.
Ainda nas previsões apresentadas, Loureiro acredita que no mês de setembro haverá uma retração nas vendas na ordem de 4 a 5%.
Fonte: Inda- Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço.