Segundo dados do Ministério Brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, entre janeiro e setembro de 2024 as importações brasileiras de produtos italianos foram de 4,53 bilhões de euros, o que representa um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as exportações brasileiras para a Itália passaram de 2,85 bilhões de euros para 3,36 bilhões de euros, registrando um avanço de 17,7%. Com isso, o comércio total entre os dois países atingiu 7,89 bilhões de euros, com um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tais números fazem com que o saldo da balança comercial entre os dois países resulte favorável aos italianos em 1,17 bilhões de euros.
As projeções para 2024 indicam alta de 7,5%, graças ao desempenho de setores como o de máquinas e equipamentos mecânicos, que representam 20% do comércio total entre os dois países e que devem experimentar uma expansão de 10% sobre 2023; o café, que responde por 8,6% do comércio entre os dois países e cujo crescimento deve ficar em 30%; e os produtos farmacêuticos, que representam 7,3% do comércio total entre Itália e Brasil e que devem crescer em 2024 em torno de 37%.
Neste cenário, Lorenzo Galanti, diretor-geral da ICE – Agência para a promoção no exterior e a internacionalização das empresas italianas – , destaca que os dados dos primeiros meses de 2024 mostram sinais de recuperação das relações econômicas entre os dois países que, apesar de terem sofrido um forte golpe por ocasião da pandemia, cresceram quase cinco vezes nos últimos 35 anos. Mas Galanti enfatiza que “apesar dos desafios, a presença italiana no Brasil está longe de ser negligenciável”. No ano passado, o estoque de investimentos italianos no País somava 13,2 bilhões de euros, com concentração nos setores de eletricidade e gás, indústria da transformação e serviços de telecomunicações”.
Fonte: VOICE COMUNICAÇÃO