Segundo informações prestadas pelo Inda – Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, as vendas de aços planos por seus associados recuou em setembro em 6,6% totalizando 327,1 mil toneladas contra 350,1 mil toneladas do mês anterior. Se comparadas com o mesmo mês do ano passado houve uma ligeira alta de 1,2%, (323,3 MT).
As compras junto as usinas produtoras de aço também apresentaram queda de 7,2% com um total de 341,5 mil toneladas contra 368 mil toneladas de agosto. Com relação ao ano anterior houve alta de 5,8% (322,8 MT)
A variação do estoque mostrou alta de 1,5% em relação ao mês anterior com 975,6 mil toneladas em estoque o que representa um giro de 3 meses de venda, número considerado satisfatório.
Mais uma vez as importações cresceram com alta de 0,6% em relação a agosto e volume total de 289,5 mil toneladas. E comparando-se com o mesmo mês do ano anterior houve queda de 6,5%. Há, contudo, de considerar-se que setembro do ano passado foi o recorde absoluto da entrada de aço importado no Brasil.
Com estes resultados Carlos Loureiro, presidente executivo do Inda, projeta que o setor deve ter um crescimento de 3% em relação ao ano passado.
No entanto ele afirmou que os associados do INDA vem perdendo participação no mercado. Seu market-share vem caindo em função da forte atuação dos importadores. A questão de cotas não se mostrou tão eficaz quanto se esperava, pois principalmente com o uso das NCM de fuga tem entrado muito aço importado no Brasil, com preços predatórios.
Perguntado porque as usinas não partem para aumentar as exportações já que o aço brasileiro é considerado um dos melhores em qualidade e eficiência ele disse que os mercados em que o Brasil atuava, principalmente na América Latina, foram totalmente tomados pelos chineses. Com os preços praticados é impossível concorrer.
Afirmou ainda que na sua opinião o melhor caminho para regular o mercado, com relação a entrada predatória de produtos chineses, porque a China contribui com 84,3% de todas as importações de aços planos são os processos anti-dumping que, no entanto, são demorados até a sua conclusão.
Citou o exemplo das folhas de flandres, cujo processo antidumping foi concluído e segundo decisão tomada na reunião da CACEX do último dia 07 de outubro, passarão a pagar 25% de imposto de importação em todas as chegadas. (VEJA MATÉRIA EM OUTRA NOTICIA DE NOSSO PORTAL).
Fonte: Inda.