Neste exato momento estamos passando por diversos ajustes no Brasil. No âmbito da economia, na semana em que fechamos esta edição estão sendo anunciados “pacotes”, como sempre com a promessa de voltar a colocar o país nos eixos e no desenvolvimento. Infelizmente, sabemos que isso, e não é de hoje, carece de confiança, porque a cada governo que assume as rédeas da nação são criadas novas fórmulas mágicas com nomes sugestivos, tais como “Teto de Gastos”, ou “Arcabouço Fiscal” ou reformas disso ou daquilo.
Contudo, o que não se vê é o encolhimento da máquina estatal em níveis suportáveis, e a valorização de quem realmente contribui para o enriquecimento do Brasil. Exemplo disso é a manutenção do famigerado “Custo Brasil” – que não para de crescer, corroendo a nossa produtividade e a nossa competitividade –, bem como os números cada vez mais estratosféricos exibidos pelo painel do “Impostômetro”, criado pela Associação Comercial de São Paulo, que fica à vista de todos no Centro da capital paulista, continuamente registrando, dia e noite, o volume dos impostos arrecadados pelo governo, e batendo novos recordes a cada ano que passa.
Porém, ajustes também acontecem em outras esferas no nosso dia a dia. Por exemplo, os centros de serviços e distribuição de aço, que até pouco tempo eram as extensões das usinas, e faziam a capilaridade do mercado, processando e distribuindo a liga para compradores de menor porte, definitivamente têm agora um novo concorrente, que são os importadores.
E, contrariando as expectativas iniciais, a implantação de medidas restritivas à chegada desses materiais, principalmente da China, vem surtindo efeitos muito abaixo do que se esperava. Tal realidade, entre outras coisas, vem à tona em uma entrevista exclusiva que a revista Siderurgia Brasil realizou com Carlos Jorge Loureiro, presidente executivo do INDA, na qual ele escancara o acachapante fato de como a presença dos associados da entidade no mercado vem diminuindo ao longo dos últimos tempos, e como isso trouxe impactantes mudanças na vida dos empresários do segmento, trazendo ainda sensíveis alertas de como será o futuro deste.
Entretanto, ainda falando dos centros de serviço, em outra matéria exclusiva, trazemos uma boa notícia, dada pela combativa empresária Silvia Fonseca, CEO da Açoservice, que vem conseguindo levar a sua empresa a um grande sucesso no setor, notadamente saindo-se muito bem, obrigado, em um ambiente predominantemente dominado por executivos do sexo masculino.
Nas páginas desta edição, nossos leitores ainda vão encontrar a segunda e última parte do artigo escrito pelo competente engenheiro e consultor titular da CSF Consultoria, sobre a fabricação dos tubos de aço, e os cuidados que devem ser observados nos seus controles de custos.
Já na seção “Energia”, que já se consolidou em nossa revista, falamos do aspecto social relacionado ao tema da transição energética no Brasil na atualidade, juntamente com outras notas quentes sobre ela.
Além disso, publicamos a cobertura da inauguração da expansão da planta da Vega do Sul, da ArcelorMittal, projeto no qual foram investidos mais de R$ 2 bilhões para promover o aumento da produção de aços revestidos.
Complementarmente, na nossa seção “Estatísticas”, trazemos boas novas, pois todas as atividades que acompanhamos nos enviaram notas alvissareiras, dando conta de índices de crescimento em seus respectivos setores.
E tem muita novidade esperando por vocês! Confira também nas páginas desta edição a pauta super especial de assuntos que a Siderurgia Brasil já preparou para 2025, e que, ampla e naturalmente, está aberta a sugestões de outros temas de interesse feitas pelos nossos leitores. Então, interaja com a gente, pois sua participação na elaboração do nosso conteúdo é absolutamente essencial: continuamos sempre contando com o prestigio da sua presença e com sua colaboração para lhes trazer uma revista cada vez melhor.
Boa leitura!
Henrique Isliker Patria
henrique@grips.com.br