1. Falta de Insumos – Nem sempre os insumos são substituídos, forçando a “criatividade” do operador para dar continuidade a produção, tipo um calço de madeira aqui, um arame amarrado ali etc. Como não existe código de parada para “arrumar uma gambiarra”, ele o aponta simplesmente como “Ajuste de Máquina”. A metalização está com problema, desplacando zinco ou apagando constantemente a tocha? Vai-se produzindo e separando o refugo. O gás acetileno para metalização não foi trocado e o operador acabou utilizando o acetileno de solda mesmo! Ou seja, alguém aplicou o conceito de Custo x Benefício. Mas…
  2. Manutenção – OK! A manutenção realizada não satisfez a necessidade. Por exemplo, foi feita a revisão da máquina, e o alinhamento dos encostos dos castelos foi esquecido. A chapa fica virando no ferramental, e traz consequências para a solda (desencontro de bordas), além de perfil quadrificado (torção e solda no canto). Toda hora o operador fica ajustando os apertos dos castelos da formação e calibração e das cabeças turcas. Aí, simplesmente ele reduz a velocidade da formadora, e para a toda hora. E ele aponta como Ajuste de Máquina!
  3. Problemas na Matéria-prima – O operador nota que a cada passagem de emenda, o tubo fica torcido, e aí jugal que tem que ser feito um ajuste na potência da solda. Na verdade, as pontas da bobina têm variação de espessura que comprometem os ajustes. As bobinas têm que ser inspecionadas no seu recebimento e no processamento (slitter). Variações acima da tolerância devem ser, no mínimo, identificadas para serem acompanhadas, ou segregadas nos processos posteriores. Outro fato não perceptível nos processos anteriores é a composição química do aço que, combinada com suas propriedades mecânicas, é exatamente o que determina seu comportamento na conformação e na solda. Então, o PCP deve agrupar as Ordens de Corte preferencialmente por corrida. Isso reduzirá o tempo de ajuste de máquina e as perdas de matéria-prima.
  4. Setup ou Montagem – Normalmente, todo setup é seguido por um ajuste, pois alguns dos posicionamentos da máquina somente são obtidos com a chapa em movimento: por exemplo, o endireitamento do tubo. A falta de um Plano de Montagem contendo as posições de ajustes de cada bitola deixa o processo totalmente na mão do operador, na base da “tentativa-e-erro”. Também não é raro se colocar um rolo de ferramenta em posição errada. Não se deve nem mesmo negligenciar o uso correto do primeiro rolo de breakdown, que é adequado a certa faixa de espessura. (Ver figura 3). Ao fazer isso, acaba se gerando uma formação inadequada, o que leva o problema para a solda, com a subsequente redução da velocidade de máquina. Aí, o operador fica desesperadamente ajustando os castelos, e reporta como “Ajuste de Máquina” os tempos perdidos. E isso sem falar da geração de desvios da qualidade.