Balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que a fonte solar acaba de atingir a marca de 55 gigawatts (GW) de potência instalada operacional no Brasil, com o somatório da geração própria de pequenos sistemas com as grandes usinas solares conectadas no sistema nacional e espalhadas pelo País. O marco é acompanhado pelos 5 milhões de imóveis (unidades consumidoras) abastecidos pela geração distribuída fotovoltaica nos telhados e pequenos terrenos. Hoje a tecnologia representa 22,2% de toda a capacidade instalada da matriz elétrica, sendo a segunda maior fonte.
Atualmente, a participação da geração própria solar ainda é pequena, de cerca de 5%, frente às 93,9 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo brasileiro. “Com a queda de mais de 50% no preço dos painéis solares nos últimos dois anos, vivemos o melhor momento para se investir em sistemas fotovoltaicos em residências, empresas e propriedades rurais. E ainda há um enorme potencial de crescimento do uso da tecnologia fotovoltaica”, aponta Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
Entretanto, na avaliação da ABSOLAR, o setor tem enfrentado desafios que prejudicam a aceleração da transição energética sustentável no País. Entre os principais gargalos identificados pela entidade, estão a falta de ressarcimento aos empreendedores pelos cortes de geração renovável e os obstáculos de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar, sob a alegação de inversão de fluxo de potência, sem os devidos estudos técnicos que comprovem eventuais sobrecargas na rede.
A ABSOLAR ressalta a necessidade de aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que institui o Programa Renda Básica Energética (REBE), justamente para trazer soluções aos desafios enfrentados pela geração distribuída solar com as alegações de inversão de fluxo de potência, tão prejudiciais aos consumidores e às operações do segmento. “Além de beneficiar famílias em condição de pobreza energética, este PL atualiza a Lei nº 14.300/2022, corrigindo restrições de conexão às redes de distribuição, que atualmente inviabilizam milhares de sistemas de geração distribuída solar e prejudicam o direito do consumidor de investir em seu sistema de geração própria solar”, pontua.
Fonte: TOTUM Comunicação – Assessoria de imprensa