Realmente, o Brasil é um país de grandes oportunidades, mas não é para amadores. Enfrentamos dificuldades na retomada plena da economia e, consequentemente, no desenvolvimento do país. Nossos juros nominais estão entre os mais altos do mundo. Por outro lado, Deus nos agraciou com dádivas naturais únicas e extraordinárias.
A incidência de sol e vento de norte a sul em nosso território não tem similar no mundo. Além disso, como reserva técnica, temos a possibilidade de implantar parques eólicos offshore — construídos em águas rasas do mar, em áreas de baixa ou nenhuma navegação. Os projetos em andamento preveem a operação de enormes turbinas para a geração de energia a um custo baixíssimo. Nossa costa, com mais de 5.000 km voltados para o Oceano Atlântico, nos oferece esse verdadeiro presente.
Pois bem, nesta edição da revista Siderurgia Brasil Digital, dedicada principalmente ao tema da energia, entrevistamos um especialista em sistemas híbridos — ou seja, aqueles que resultam da combinação de diferentes fontes geradoras para um mesmo fim.
Se, de um lado, temos grandes hidrelétricas como Furnas e Itaipu, operando com a força das águas, de outro, observamos o crescimento exponencial da energia solar nos últimos anos. E põe crescimento nisso: em 2019, ela representava apenas 1,7% da matriz energética do Brasil. Em apenas cinco anos, sua participação evoluiu para impressionantes 22%, acompanhada também pela expansão do parque eólico brasileiro.
Mas, claro, nem tudo são flores. E aí surge o grande gargalo: as linhas de transmissão. Já na edição nº 179 da revista Siderurgia Brasil Digital, de agosto de 2024, na página 34, publicamos uma matéria que alertava para os problemas causados pelos atrasos e pela falta de investimentos nesse setor — situação que vem gerando enormes prejuízos para o país. Essa é uma responsabilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão do governo encarregado da gestão e supervisão do sistema.
Ainda falando sobre energia, nesta edição destacamos o expressivo avanço da eletromobilidade, com os veículos elétricos tomando as ruas de todas as capitais — e deixando de cabelo em pé os produtores de veículos tradicionais movidos a combustíveis fósseis.
Outro tema central desta edição são os aços inoxidáveis — produtos nobres e sofisticados da siderurgia, cuja aplicação vem avançando de forma consistente em praticamente todos os campos de uso do aço. E, como março é também o Mês das Mulheres, não poderíamos deixar de destacar o movimento que se consolida em toda a sociedade: a crescente presença feminina em uma variedade cada vez maior de espaços e atividades.
E ainda em nossas páginas, os leitores encontrarão estatísticas, informações sobre lançamentos e novidades em produtos ligados ao setor, iniciativas empresariais de destaque, além da comemoração do aniversário de uma de nossas parceiras — um destaque especial desta edição.
Depois do imenso sucesso que o nosso Anuário da Siderurgia, lançado em fevereiro, alcançou — e continua alcançando —, damos início, com esta edição nº 184, à nossa programação mensal de revistas para 2025, com o mesmo compromisso e entusiasmo de sempre: entregar o melhor conteúdo editorial aos nossos leitores. Para isso, esperamos continuar contando com a valorosa colaboração de cada um de vocês, por meio do envio de sugestões, comentários, críticas e, por que não, elogios também, através dos nossos canais de comunicação. Afinal, parafraseando um dos temas centrais desta edição: ‘É a sua energia que nos move’.
Muito obrigado, boa leitura e um forte abraço!
Henrique Isliker Patria
henrique@grips.com.br