Com dados consolidados de produção e vendas acima das expectativas, a ArcelorMittal Brasil, maior produtor de aço no Brasil e líder no mercado global, divulgou seus resultados financeiros e operacionais relativos ao exercício de 2024. Em 2024, a ArcelorMittal Brasil produziu 15,3 milhões de toneladas de aço, um aumento de 3,8% em relação ao ano anterior. Já o volume total de vendas foi de 15,1 milhões de toneladas, crescimento de 5,2% sobre 2023, sendo 55,5% de vendas no mercado interno e 44,5% de exportações.
A receita líquida consolidada da ArcelorMittal Brasil recuou 4,7%, para R$ 66,6 bilhões. Já o lucro líquido apurado foi de R$ 2,3 bilhões, uma queda de 39,7% na comparação com o ano anterior, decorrente também do aumento da despesa financeira advinda da variação cambial negativa da controlada Acindar (Argentina) e das despesas com juros da controladora. O Ebitda alcançado foi de R$ 9,1 bilhões, menor em 2% na comparação com o ano anterior, mas o suficiente para permitir à empresa alcançar uma margem Ebitda sobre a receita líquida de 14% (contra 13% em 2023).
Em 2024, foi inaugurada a expansão da Unidade Vega, em São Francisco do Sul, Santa Catarina, que demandou investimentos de R$ 2,2 bilhões. Foram construídas novas linhas de galvanização e recozimento contínuo de aço, que aumentaram a capacidade instalada da planta de 1,6 milhão para 2,2 milhões de toneladas por ano de aços laminados a frio.
Já na Unidade de Sabará, em Minas Gerais, foi inaugurada, em março de 2025, a nova linha de trefilação, ao custo de R$ 144 milhões, que abastecerá a indústria automotiva com produtos de alto valor agregado. Estão em andamento os investimentos em Barra Mansa, de R$ 1,6 bilhão, para a montagem de uma nova linha de laminação e melhorias na aciaria; e a ampliação e construção de uma nova planta de beneficiamento de minério na Mina Serra Azul, em Itatiaiuçu, Minas Gerais, que somarão outros R$ 2,5 bilhões.
A ArcelorMittal anunciou também a instalação de duas plantas de geração de energia solar, em Minas Gerais e na Bahia, como parte do plano de descarbonização da empresa. Os investimentos estão sendo feitos por meio de joint ventures estabelecidas com as empresas Casa dos Ventos e Atlas Renewable Energy e somam R$ 1,6 bilhão. O investimento em energia solar soma-se aos R$ 4,2 bilhões que a empresa já está destinando para a construção de um parque de energia eólica na Bahia, o que perfaz um total de R$ 5,8 bilhões de investimentos em energia renovável no país.
Fonte: João Palmer <joao.palmer@inpresspni.com.br> Assessoria de imprensa