De acordo com o Instituto Nacional de Reciclagem (Inesfa), em abril deste ano, as exportações de sucata ferrosa alcançaram 68.492 toneladas, contra 34.561 toneladas no mesmo mês de 2024 e 61.484 toneladas em março último. De janeiro abril, somaram 247.076 toneladas, contra 222.824 toneladas do mesmo período do ano passado. Entretanto, o volume representa uma parcela pequena em relação ao total produzido e ofertado no mercado interno.
Para a entidade, o ciclo da reciclagem vem atravessando sérias dificuldades diante da falta de incentivos fiscais do governo federal e de políticas públicas necessárias ao incremento da economia circular. O setor sofre também com a insegurança jurídica, redução na demanda interna de materiais reciclados e na margem de ganhos de recicladores e catadores.
Além disso, esse cenário apontado pelo Inesfa, que representa mais de 5,5 mil empresas recicladoras do País, tem outros agravantes. “As cooperativas de catadores não conseguem pagar o PIS/Cofins, as usinas siderúrgicas vêm sendo impactadas pela importação de aço no Brasil e a reforma tributária aprovada no Congresso onerou em demasia a atividade de coleta e adequada destinação de materiais reciclados”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa.
Neste contexto, o Inesfa, que completou 50 anos neste mês de maio, segue apresentando sugestões para o desenvolvimento de todo o ciclo da reciclagem, dada a importância dessa atividade na preservação do meio ambiente, a sociedade e ao país. A PEC da Reciclagem, de 2024, que está em fase de coleta de assinaturas na Câmara dos Deputados, é um exemplo disso e tem por finalidade alterar a Constituição Federal, para assegurar aos materiais reciclados tributação inferior aos insumos virgens extraídos da natureza. “A aprovação da PEC alinhará o Brasil aos países do Hemisfério Norte, que incentivam a reciclagem há muitos anos”, afirma Alvarenga.
Fonte: Letras & Fatos Comunicação sistemas@comuniquese3.com.br
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