Estamos nos despedindo do ano de 2019. Pela primeira vez em vários anos e muito diferente desta mesma retrospectiva apresentada no ano passado temos agora algumas coisas a serem comemoradas. Após passarmos pelo terrível pesadelo que foram os últimos anos em que o oportunismo, a corrupção, a mentira e a falta de perspectivas eram comuns em nossas vidas e em nossas empresas, muitos fatos positivos aconteceram ao longo do ano e creio que pelo menos encontramos o inicio do caminho que irá nos tirar do labirinto em que estávamos metido.
Vamos completar o primeiro ano do novo governo em que não houve nenhum caso de corrupção explicita que tenha chegado às manchetes da imprensa ou que tenha paralisado toda a economia, como acontecia com muita freqüência. Mas aconteceram muitas trapalhadas que foram devidamente aproveitadas pela oposição para criar instabilidade em um ambiente de mudanças. Nem tudo foram flores e percebemos que muitos esforços deverão ser despendidos para retomarmos o aminho do desenvolvimento econômico. Ainda temos de considerar e conviver com pontos de vista divergentes e algumas autoridades que ainda não perceberam que um novo Brasil está tentando se impor. Mesmo assim alguns avanços são evidentes e já temos como fazer um planejamento mais denso acreditando que dias ou anos melhores estão por vir.
Alguns parâmetros básicos estão consolidados, como a inflação sob controle, os juros baixos com viés de continuarem baixando, o Estado diminuído de tamanho através de concessões e privatizações, a Justiça do Trabalho atuando realmente como um juiz de causas não esclarecidas e não como uma fabrica de sentenças descabidas, a desburocratização tornando-se uma realidade, o desemprego recuando, as pessoas tendo mais condições de se integrar na economia e assim consumir e ajudar na circulação de moedas e outros vários sintomas que sentimos em nosso dia a dia.
Mas o setor siderúrgico não conseguiu se reerguer neste ano de 2019, e os últimos números a disposição nos mostram que até outubro deste ano, houve uma redução na produção de aço bruto de 8,6% em relação ao ano passado quando foram produzidas 29.787 milhões contra 27.215 milhões deste ano. Só em outubro o recuo chegou a quase 20% em relação a setembro. Há também um recuo tanto nas vendas internas como nas exportações. Nos parece impossível que mesmo que haja uma aceleração neste último bimestre se consiga fugir deste cenário.
Como já se tornou tradição, nesta ultima edição de 2019 apresentamos de forma sintetizada os principais acontecimentos do ano e que foram retratados nas diversas edições de nossa revista Siderurgia Brasil. Vamos aos fatos:
Fevereiro: Anuário Brasileiro de Siderurgia
Começamos pelo Anuário Brasileiro da Siderurgia que em fevereiro apresentou a edição comemorativa dos seus 20 anos de existência. Este já foi um marco alcançado, pois a Grips Editora, assim como milhares empresas no Brasil, iniciou sua trajetória com muita vontade e coragem, mas sem conseguir dimensionar ou mesmo planejar o que viria pela frente. Passamos pelos primeiros dois anos que é o momento em que desaparecem cerca de 30% das empresas criadas e continuamos até atingirmos os cinco anos em que cerca de 60% das empresas fecham suas portas, segundo levantamentos do Cempre – Cadastro Central de Empresas, órgão do Instituto Nacional de Geografia e Estatística – IBGE. Passada a experiência inicial continuamos firmes e com muita convicção chegamos aos vinte anos com o mesmo vigor e coragem do inicio. Felizmente recebemos alguns prêmios pelo caminho e principalmente o reconhecimento, o carinho e a confiança de nossos leitores e anunciantes.
No Anuário 2019 apresentamos em suas páginas uma série de entrevistas feitas com as mais altas autoridades do mundo empresarial relacionados à cadeia siderúrgica e na média todas elas como as montadoras de veículos, o setor de autopeças para veículos de quatro ou de duas rodas, as montadoras de veículos de duas rodas, a industria ferroviária, o setor de ferramentas e o setor de máquinas e equipamentos previram crescimento para 2019, sempre no intervalo de 8 a 12%.
Na ocasião João Carlos Marchesan, presidente da Abimaq disse: “A saída para o Brasil voltar a crescer é o investimento na indústria da transformação por conta de seu maior valor agregado e pelos maiores ganhos de produtividade, além de gerar empregos e renda para os brasileiros”.
Outro setor muito forte da economia, o da construção civil apresentava indicadores muito positivos e mostrava que neste ano de 2019 o crescimento e a retomada de negócios iria se consolidar.
Também tivemos naquela edição a presença do Ministro da Infraestrutura Tarcisio Gomes Freitas, ( que vem se mostrando como um dos mais eficientes do atual governo) e que falou: “importante dar continuidade, continuar transferindo ativos para a iniciativa privada e para isso conto com a secretaria do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) que tem sido fundamental para o atingimento desses objetivos”, sinalizando claramente que seu pensamento é desestatizante e de incentivos para a iniciativa privada.
E realmente muita coisa aconteceu como diversos leilões e o desembaraço de muitos nós e emaranhados burocráticos que impediam a iniciativa privada de participar de projetos pelo crescimento de nosso país.
Por outro lado acentuou-se a preocupação com a abertura comercial principalmente no segmento do aço. Não é segredo e isto ficou muito claro naquela edição, confirmando-se posteriormente com os fatos, de que o mundo em geral passa por uma grande guerra comercial, onde a todo momento surgem barreiras comerciais. Começou com as restrições americanas que com o pretexto de defender a soberania nacional fechou as portas para a entrada de aço estrangeiro, principalmente o aço vindo da China. O Brasil conseguiu estabelecer um critério de cotas que pelo menos minimizou os efeitos de uma posição tomada por aquele que era o nosso principal destino das exportações. O problema que ocorreu na esteira deste novo quadro mundial é que os outros centros consumidores também começaram a levantar barreiras contra o aço importado de tal sorte que hoje há uma verdadeira muralha em todo o mundo para se colocar o excedente de aço produzido aqui.
Para piorar a questão a América Latina é o único local em todo o mundo onde não há barreiras definidas. Ou seja, somos o único lugar onde existe liberdade para a chegada de aço estrangeiro. Os representantes de várias entidades entre quais os IABR, o Sicetel, a Abimaq, a Abinee e várias outras instituições defendem empresas que geram mais de metade do PIB brasileiro formaram um bloco empresarial que eles chamaram de “Coalização da Indústria” que se propôs a discutir com membros dos governos, as medidas que não viessem fechar as portas brasileiras para o comércio internacional, mas que também pudesse preservar a indústria brasileira, sem que houvesse qualquer tipo de protecionismo estatal. A grande reivindicação do grupo é o estabelecimento de assimetrias competitivas com a igualdade de condições para que a indústria nacional não sofra com os efeitos do chamado “Custo Brasil” que inviabiliza a competição na maioria dos segmentos da nossa indústria.
Outra importante informação apresentada na edição foi uma entrevista com Alexandre Pierro, fundador e diretor da Palas Consultoria em Gestão de Qualidade e Inovação. Segundo ele “Somos um país continental. Temos espaço, solo fértil, mão de obra farta. Tanto potencial e ainda somos muito menores do que deveríamos ser. Talvez a abundância toda seja um dos nossos problemas”. Precisamos incrementar muito o comércio internacional. Temos de nos inserir em outro conceito internacional.
Para o analista a única alternativa para o governo Bolsonaro é cumprir o que prometeu em Davos – Fórum na Suíça, onde se discute o futuro da humanidade – quando ele disse que faria todo o empenho para abrir o Brasil para o mundo. Segundo a entrevista que apresentamos ele diz que precisamos estimular o comércio internacional, mas antes de tudo nos organizarmos para encararmos a concorrência internacional que está a todo vapor e causa grandes estragos em nossa economia. Aliás, esta é uma das bandeiras da Coalização da Indústria a que nos referimos a pouco.
Complementando a seção de Cenários e Mercados do Anuário apresentamos um magnífico trabalho elaborado por nosso colaborador Marcus Alberto Flocke que trouxe uma análise detalhada das variações observadas no comércio internacional dos 20 anos dos principais metais não ferrosos.
Edição 132: Marco/Abril.
Nesta edição apresentamos entrevista com Othon Almeida sócio e líder de Desenvolvimento de Mercado da Deloitte Brasil. Como pano de fundo para a conversa foi utilizada uma pesquisa intitulada “Agenda Brasil” pela qual em uma pesquisa elaborada pela empresa junto a empresários concluiu-se que para o Brasil crescer seria necessário e urgente que o novo governo, recém-empossado, reduzisse a sua interferência em alguns setores estratégicos de nossa economia.
Na entrevista ele cita que a reforma Tributária é fundamental para que as empresas tenham condições de investir mais recursos na produção e desenvolvimento, buscando maior produtividade com equipamentos mais modernos e não entregar parte considerável de sua receita a um estado gastador que não tem uma gestão financeira adequada. Ele já citava naquela edição de que as nações mais desenvolvidas já “nadam de braçadas” na gestão denominada Industria 4.0.
É preciso impulsionar a tecnologia e elevar o conhecimento e a capacidade de aprendizado das pessoas em nosso ambiente de trabalho, explicando a elas que precisam modificar seus conhecimentos para aumentarem as suas chances de galgar postos mais altos nas empresas. No fim da entrevista Othon, citou de que via com muitos bons olhos os primeiros passos do governo, pois começavam os primeiros leilões de privatizações dos aeroportos que já dariam a primeira ideia nesta nova era.
Ainda na mesma edição, apresentamos uma entrevista com Ascânio Merrighi, diretor executivo da Soluções Usiminas, uma empresa que foi criada a partir da fusão de cinco grandes distribuidoras de aço e que hoje apresenta um dos mais completos portfólios de produtos e de serviços de transformação e distribuição de aços planos, agregando serviços como cortes e soldas a laser, adaptações e logística adequadas e outros. Com seis unidades localizadas em pontos estratégicos a empresa se tornou o maior processador de aço do Brasil, com capacidade instalada para processar 2 milhões de toneladas/mês, como cortes transversais e longitudinais, produtos especiais e figurados, como cortes da lateral de uma traseira de veiculo, ou uma porta em dimensões especiais. Segundo Ascânio são mais de 20 mil itens atendidos onde também se incluem perfis e tubos especiais. Naquele momento ele nos confidenciou que sua maior ambição era se tornar a plataforma de desenvolvimento da produtividade de pelo menos 5 mil empresas.
Edição 133: Maio/Junho
Nesta edição fomos buscar com o Engenheiro Guilherme Brito Menegaz Junior que é o responsável pela área de produtos da Usiminas e Engenheiro e Mestre em Metalurgia de Transformação da UFMG, qual é o segredo entre a utilização deste ou daquele tipo de aço na produção de veículos.
Com uma minuciosa análise dos aços que foram desenvolvidos para atender a demanda da indústria automobilista, nos contou que faz parte de um esforço internacional para que a cada dia se crie aços com baixas espessuras e com mais alta resistência. Explicou que desde os anos 70 para cá vêm se buscando novos compostos para aumentar a proteção individual dos ocupantes de veículos. Explicou o que são as Zonas de Deformação e os tipos de aço utilizados na chamada Células de Segurança. Por fim, esclareceu que neste momento os departamentos de pesquisa estão voltando seus esforços para redução dos custos dos veículos elétricos que em breve devem tomar totalmente as ruas das grandes cidades.
Ainda nesta edição apresentamos um entrevista feita com o Paulo Seabra, CEO da NLMK, uma empresa russa produtora de aços especiais, que chegou ao Brasil em 2015 e que vem ganhando espaço em seu segmento.
Segundo ele a proposta é muito desafiadora, pois naquele momento da entrevista o Brasil ainda estava preparando a sua retomada do desenvolvimento e mesmo a empresa tendo demonstrado bom nível de crescimento no ano passado, ainda não era o suficiente para que se firmasse totalmente no cenário nacional. Mas segundo ele os negócios começaram a fluir bem no início do ano, pois a empresa trabalha com aços muito específicos e aqui no Brasil só a Usiminas produz algo semelhante, apesar de sua empresa fornecer aços com dureza e resistências maiores. Para se ter um comparativo da atuação da empresa, Seabra citou que o mercado da América do Sul, representa algo em torno de 10 a 12% da produção total de aços especiais da produção de sua usina na Bélgica.
Na seção de Eventos, apresentamos uma grande reportagem de como foi o desenvolvimento da Expomafe que realizou-se em São Paulo entre os dias 07 a 11 de maio. Na ocasião, segundo os organizadores, foram recebidos mais de 55 mil visitantes que encontraram uma profusão de robôs em quase todas as ruas da feira. Foram apresentados equipamentos para as mais diferentes utilidades que prometem aumentar a produtividade e alavancar a indústria nacional para ir ao encontro da nova revolução industrial da chamada “Indústria 4.0”.
A revista Siderurgia Brasil, como sempre esteve presente à mostra e recebeu inúmeros visitantes entre amigos e clientes em seu estande.
Ainda na edição apresentamos uma matéria feita com exclusividade pelo o Engenheiro Antenor Ferreira Filho. Trata-se de um estudo feito para apresentar os “Aços Utilizados na Cutelaria”. O artigo foi dividido em duas partes para melhor compreensão dos nossos leitores.
Por fim, na seção Estatísticas, mostramos os números daquele mês que apontavam para uma continuidade de crescimento da indústria automobilística, enquanto os distribuidores de aço amargavam mais um período com baixos resultados.
Edição 134: Julho/Agosto
Esta edição foi dedicada ao Congresso Aço Brasil, que aconteceu este ano em Brasília e onde mais uma vez reuniu especialistas do Brasil e do Exterior que em dois dias discutiram todas as nuances que envolvem este complexo momento da siderurgia mundial. Em paralelo e por estar no cenário adequado aproveitou-se para junto autoridades brasileiras discutir os planos do Brasil para a sua retomada econômica e como isto irá impactar no setor.
Para começar, o desempenho da siderurgia brasileira não ia bem naquele momento, pois conforme dados divulgados pelo próprio IABr, no primeiro semestre deste ano haviam sido produzidas 17,2 milhões de toneladas com uma queda de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado e as exportações que poderiam ser uma válvula de escape para o aumento de produção amargavam uma queda de 2,4% naquele momento, frente ao ano anterior, demonstrando cabalmente que não estávamos sendo capazes de competir com o resto do mundo, ou pior que isto que o mundo tem muito aço. Mesmo com a frustração dos resultados, a indústria siderúrgica esperava que no segundo semestre esta curva pudesse ser revertida e pudéssemos construir as bases para uma verdadeira arrancada em 2020. Porém com a sobretaxa ao aço brasileiro determinado pelo governo Trump, nesta semana esta possibilidade ficará mais distante Havia também naquele momento um problema muito sério de abastecimento de matéria prima, pois com os acidentes nas minas da Vale, todo o fornecimento da indústria nacional passou a ficar prejudicado e inúmeros acertos logísticos tiveram de ser feitos, com consequente aumento de custos na produção.
Ainda no mesmo congresso nos foi apresentando um quadro onde se apurava que havia um excedente mundial de aço na casa dos 395 milhões de toneladas com a maior concentração na China que também é responsável pela produção de 58% de todo o aço produzido no mundo.
Em outra importante matéria na mesma edição falamos com Sérgio Leite, presidente da Usiminas que é o responsável pela recuperação da empresa e sua recolocação no lugar de destaque que sempre ocupou no cenário mundial do aço.
Sérgio Leite chamou a atenção para a avaliação positiva que a empresa obtivera ao divulgar os resultados das empresas do Grupo Usiminas em que todas as unidades apresentaram resultados positivos e de crescimento em relação ao trimestre anterior.
Entre outras coisas ele falou dos esforços da empresa para que mesmo lutando com todas as dificuldades, não deixasse de olhar com cuidado para a transformação digital, a Chamada Indústria 4.0.
Já existe o Comitê de Inovação da Usiminas e agora estava sendo criada a Diretoria de Inovação que vai analisar e desenvolver toda curva de consolidação da transformação digital da empresa. Há vários projetos em andamento com o envolvimento de todos os colaboradores. A empresa havia ganho um prêmio por ter se colocado como uma das 50 empresas com maior envolvimento em startups, num trabalho que envolveu e avaliou o trabalho de 856 empresas.
Para finalizar Leite falou “Tenho ido muito a Brasília e percebo nos Ministérios e no próprio Palácio do Planalto um trabalho com muito foco na construção do crescimento econômico do Brasil. O país precisa voltar a crescer economicamente. Os últimos dez anos foram perdidos e agora a gente tem que correr atrás”.
Na mesma edição que foi distribuída aos participantes do Congresso apresentamos uma oportuna matéria com o especialista em Mercado de Capitais, Pedro Galdi, que entende que o setor siderúrgico para 2019, já havia acabado. Alguns pontos como o acidente de Brumadinho, problemas climáticos ocorridos na Austrália. O excesso mundial de produção e outros fatores contribuem para um mal desempenho sob o foco do mercado de capitais.
Uma das estrelas da edição foi a honrosa entrevista feita com o Prof. Ives Gandra da Silva Martins, jurista renomado, professor, escritor e um dos ícones do pensamento liberal brasileiro, onde ele entende que a livre iniciativa e o capitalismo devem ocupar o seu lugar na sociedade para que os avanços tão aguardados por todos os brasileiros possam acontecer de forma muito natural.
Edição 135: Setembro/Outubro
A grande cobertura do que foi o Congresso Aço Brasil em que contamos com a presença do Presidente da Republica, Jair Bolsonaro, e de vários ministros dentre os quais Onix Lorenzonni, que se destacou pela participação tanto na abertura do Congresso, como um painel sobre a Competitividade Comercial do Aço Brasileiro foi minuciosamente retratada nas páginas daquela edição.
Vários painéis e palestras especiais destacaram problemas e possíveis soluções para vários temas. A ociosidade que beira a casa dos 30% na indústria siderúrgica foi motivo de preocupação. No entanto, no último painel onde se traçou o perfil para o futuro da indústria no Brasil, vários dirigentes afirmaram que há investimentos previstos na casa dos 9 milhões de dólares para os próximos anos, visando principalmente preparar a indústria para o processo digital, a chamada Indústria 4.0, ou a nova Revolução Industrial.
Como estávamos programados para participar em uma Feira Empresarial voltada para tubos de aço, apresentamos um trabalho falando e ressaltando as vantagens, o processo de fabricação e a utilização dos tubos de aço e quanto este produto impacta na vida individual das pessoas.
Em outra matéria voltamos a falar de Robôs industriais. Este assunto que esteve presente em praticamente todas as edições do ano mostram como esta cultura está avançando em nosso pais. Apesar de ainda sermos um país industrial com baixa utilização de robôs, segundos os especialistas esta é uma moda que veio para ficar e não há reversão. O especialista Marcelo Miranda que tem seu foco voltado para os processos de automação Industrial, nos falou sobre como o processo pode ser feito em empresas de todos os portes, com investimentos moderados e dirigidos e como isto vai ajudar na produtividade e nos avanços em pouquíssimo prazo.
Concluímos com um interessante artigo escrito por nosso colaborados Enio Klein, em que ele, dono de um olhar especifico de um especialista de marketing, nos diz quando e como devemos fazer para negociar preços de nossos produtos ou serviços com os nossos clientes.
Edição 136: Novembro/Dezembro.
Chegamos ao final do ano e nesta edição que sem dúvida representa um “divisor de águas” em nossas edições.
Por tudo que vem acontecendo no mundo editorial resolvemos projetar a revista Siderurgia Brasil em uma nova formatação a partir de 2020.
Seguiremos normalmente com o Anuário Brasileiro da Siderurgia no formato original em papel e ao mesmo tempo digital e a partir daí nossa revista Siderurgia Brasil volta a ser mensal,sb136 r 16 sb136 digital girasol mas editada somente no formato digital, ou seja, será apresentada pela Internet. Escolhemos somente duas edições no ano em que elas também circularão em papel, mas na maioria das edições escolhemos esta nova formula que representa o futuro das publicações.
Na edição de dezembro buscamos com exclusividade uma entrevista com Mauricio Benvenutti que é escritor, empreendedor, mentor, palestrante, “Cidadão Emérito” pelo seu município – Vacaria, no Rio Grande do Sul –, que ajudou a transformar um pequeno escritório na XP Investimentos, uma das maiores corretoras independentes do Brasil. Quando a empresa já valia mais de um bilhão de Reais ele mudou para o Vale do Silício, na Califórnia/EUA, e agora é sócio da StartSe, a maior plataforma do Brasil para conectar empreendedores, investidores e mentores. Autor de best-sellers de negócios, como os livros “Audaz” e “Incansáveis”; em suas palestras, Mauricio compartilha a sua experiência de forma direta, instigante e desconfortável para muitas pessoas. Requisitado por empresas, universidades e eventos, sua visão questiona métodos tradicionais de gestão, fomenta a atitude empreendedora e prepara os participantes para a nova economia, que, aliás, já está aí.
Na entrevista, gentilmente concedida à revista Siderurgia Brasil, Mauricio joga não um, mas incontáveis raios de luz sobre a iniciativa de empreender e de transmutar a vida das pessoas em algo muito, muito melhor, dando dicas valiosas como a necessidade de nos transformarmos em “autodidatas implacáveis” para acompanhar as rápidas mudanças do mundo atual, nos mantermos competitivos e na liderança de nossos negócios, questionando absolutamente tudo, com muita ousadia, usando a tecnologia a nosso favor, e nos dando sempre a chance de recomeçarmos a aprender, tendo sempre em vista o objetivo principal, que é melhorar a vida das pessoas.
Além da entrevista com Mauricio Benvenutti, muito se falou a respeito sobre sustentabilidade e desvios de recursos minerais nos últimos dias. Fomos buscar um artigo particularmente oportuno e muito bem elaborado pelo vice presidente da Fiesp, João Guilherme Sabino Ometto, em que ele coloca luzes e holofotes gigantes sobre o assunto.
Também falamos de mais um prêmio garantido neste ano. Com muito orgulho e honra fomos eleitos novamente em 2019, como o Melhor Jornalista Especializado em Siderurgia, pelo Cecom e pelo Portal Negócios da Comunicação.
Esta premiação nos enche de coragem para continuarmos nesta luta que começou a vinte anos e não tem prazo para terminar.
Bom Natal e que em 2020 todos os desejos e sonhos sejam realizados.
Henrique Pátria
Editor Responsável.