Completamos mais de quarenta dias sem atividades em todo o Brasil e os resultados como era de se esperar são quedas acentuadas em todos os setores da Economia.
Além dos números negativos, o que preocupa é a falta de um plano de retomada, que seria fundamental neste momento. Além de iniciativas individuais, não há nada consistente e oficial para se basear.
Temos alguns resultados divulgados neste inicio de maio:
- Indústria do Aço: Segundo comunicado oficial do Instituto Aço Brasil-IABr, entidade que reúne as Usinas Siderúrgicas: “A indústria brasileira do aço enfrenta no momento uma profunda e severa crise de demanda, com a expectativa de queda de 50% nas vendas internas de aço para este mês de abril. Caso essa expectativa se confirme, (este comunicado foi no dia 24/03) o setor – que hoje opera com apenas 41% da capacidade instalada – pode ter as vendas de abril nos menores níveis desde 1995, recorde histórico” Os números oficiais de abril ainda são desconhecidos, mas segundo apuramos tal previsão se confirmou.
Distribuição de aço: Os números oficiais estão sendo apurados, porém já confirmada a noticia de nosso último post de que a queda nas vendas situou-se entre 45% 50%. - Produção Industrial: Segundo dados divulgado pelo IBGE, em março. foi apurado o pior resultado para o mês desde 2002. A queda foi de 9,1%, frente a fevereiro. Segundo André Macedo – gerente da pesquisa: “Esse impacto da pandemia fica evidenciado quando se compara com o mês de fevereiro, já que a taxa é fortemente negativa e representa a queda mais intensa desde maio de 2018, quando houve a greve dos caminhoneiros. …Todas as quatro categorias econômicas e 23 das 26 atividades pesquisadas, apresentaram retrocesso”, analisa Macedo.O maior impacto negativo foi no setor de veículos automotores com -28% onde estão produtos como automóveis, caminhões e autopeças. Já o setor de alimentos apresentou queda de menor intensidade.
- Comercialização de veículos: Segundo a Fenabrave o emplacamento de veículos apresentou queda de 76.79% em de abril 2020 em relação a abril de 2019 e acumula queda de 27,13% no primeiro quadrimestre de 2020. Se compararmos com março a queda foi de 64,04%. Foram emplacados 89.692 veículos (entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, implementos rodoviários e motocicletas) em abril/2020, contra 339.388 veículos em abril de 2019.
- Construção Civil: Segundo a Sondagem Indústria da Construção da CNI mensal a atividade industrial na construção civil caiu de fevereiro para março de 2020, pois foi fortemente afetado pela pandemia do novo coronavírus. A sondagem colheu dados de 411 empresas, sendo 143 de pequeno porte, 181 de médio porte e 87 de grande porte.
O índice de evolução do nível de atividade ficou em 28,8 pontos, ” Esse indicador varia de 0 a 100, com linha divisória de 50 pontos, que separa crescimento e queda do nível de atividade. Os valores abaixo de 50 pontos são considerados retração.
“É o valor mais baixo da série histórica. Indica recuo de intensidade e disseminação jamais registrados na série mensal”, disse o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Apesar desse recuo, a queda no emprego não foi tão intensa. O indicador de evolução do número de empregados registrou 39 pontos, 11 pontos abaixo da linha divisória de 50 pontos. Os empresários adotaram medidas temporárias para preservação de empregos, como a redução proporcional de jornada de trabalho e salário. Essas foram alternativas à dispensa permanente dos empregados, diz a CNI.
O índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) registrou 34,8 pontos em abril, após cair 24,5 pontos, o maior recuo mensal da série. Com a queda, o Icei-Construção recuou para o menor valor da série desde outubro de 2015, quando registrou 34,4 pontos.