Há poucos meses, mais precisamente no final do ano passado, começamos entrevistar grandes empresários, presidentes de Associações representativas, membros do governo, professores universitários e outras personalidades para elaborarmos o Anuário Brasileiro da Siderurgia programado para circular no final de fevereiro de 2020.

Pois bem, até 15 de fevereiro tínhamos elaborado um material digno das grandes coberturas jornalísticas (Desculpe-nos a falta de modéstia) onde personalidades credenciadas fizeram as análises sobre os resultados de suas atividades no ano de 2019 e projetaram com base em estudos incluindo modelos matemáticos, índices de crescimento de seu setor, do país e até do mundo o desempenho que esperavam para este ano de 2020. Os bons resultados do último trimestre de 2019, já nos dava uma mostra de que estávamos no caminho certo.

Boas notícias pipocavam aqui e ali e mostravam que finalmente após amargo período de retração o tão sonhado retorno a atividade econômica parece que finalmente estava dando as “caras” de verdade. Eis que o “castelo de cartas ruiu”. Como num passe de mágica em poucos dias as mais otimistas previsões simplesmente foram anuladas, os objetivos esquecidos e as metas abandonadas. ”Tudo virou pó”, para usar uma expressão do Mercado de Capitais.

No campo econômico e político as maiores preocupações se voltaram para salvar da fome milhares de pessoas, com medidas que deverão amenizar o problema, mas não solucioná-lo. E até quando? Há uma outra pergunta que fica no ar: Quando acontecer como se dará este retorno? As empresas estarão preparadas para “empurrar com a barriga” suas contas até o final do ano e refazer todas suas projeções para o ano de 2021?

Acreditamos que tudo será diferente. Não haverá pura e simplesmente um retorno àquela forma “normal” de levar os negócios. O que é o “normal? Começa que o cenário já é outro. Quantas empresas mandaram seus funcionários para casa e reduziram seus custos operacionais percebendo que fica muito mais barato.

Dá para economizar na conta de internet, uso de mesas e cadeiras, cafezinhos, papel higiênico, refeições, vale transporte e outros vales criados pela saga dos sindicatos que incluíam em cada negociação um novo vale ”alguma coisa”.

E o pior, ou o melhor é que muitas perceberam que tiveram um bom ganho de produtividade com esta atitude que no primeiro momento foi forçada, mas agora pode se tornar definitiva.
Mais do que nunca o futuro é incerto, seja para empregadores ou empregados. Só o tempo dirá o que será “Normal” daqui por diante.

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