Tetraferro comemora data histórica no momento em que desafios exigem tomadas de posições arrojadas dos dirigentes da empresa.
O ano de 1970 ficou marcado pela euforia que tomou conta da maciça maioria dos brasileiros, pois mesmo para aqueles que não gostavam de futebol foram contagiados com a conquista do Tricampeonato pela Seleção Brasileira, no México. Sob o comando do lendário Mário Jorge Lobo Zagallo, Pelé – já consagrado como “Rei do Futebol”, com três Copas do Mundo no “currículo” –, juntamente com outros nomes como Rivellino, Jairzinho, Tostão, Gerson e Carlos Alberto compuseram a equipe dos sonhos, marcada pela genialidade e o talento que encantou as torcidas dos quatro cantos do planeta.
Por aqui, a conquista do “Tri” também serviu de combustível para consolidação do movimento do “Pra Frente Brasil!”, marchinha homônima lançada no auge da ditadura militar, para elevar o moral dos brasileiros e servir de pista de decolagem para uma nação que, virtualmente, tudo podia realizar ao acordar do “berço esplêndido” no qual jazia entorpecida em sono profundo há séculos.
No campo empresarial, esse sentimento de identidade e de prosperidade nacional era alimentado pelo “Milagre Econômico”, política capitaneada, entre 1967 e 1974, pelo então ministro da Fazenda Prof. Delfin Netto, período no qual o PIB brasileiro alcançou picos de crescimento de até 14% ao ano. Nesse tempo, a grande estrela era a indústria de transformação, que chegou a atingir incríveis 25% em sua taxa de expansão.
E foi nesse ambiente em que o futuro parecia ter finalmente chegado à realidade daquele “Gigante pela Própria Natureza” saudado em rimas e versos no Hino Nacional Brasileiro, que o empresário Manoel de Aro Filho convidou três amigos que assim como ele eram sócios minoritários da Comercial Importadora Teixeira Posses (CITEP) para, no dia 16 de setembro de 1970, fundar a primeira célula daquela que viria se tornar o que é hoje a vitoriosa distribuidora de aço Tetraferro.
Entre os objetivos declarados pelo quarteto na época, havia o desejo dos sócios do novo empreendimento iniciarem seus filhos no mercado de trabalho, abraçando suas carreiras profissionais no mercado do aço. “Mais do que um sonho, meu pai e seus amigos tinham uma inquebrantável vontade de vencer. E nós, os filhos, fazíamos parte desse sonho. Por isso, eles não hesitaram um só segundo em envidar todos os esforços para viabilizar essa conquista”, enfatiza o filho de Manoel, Paulo Sérgio de Aro, carinhosamente chamado de “Paulinho” por todos na rede de distribuição.
MUDANDO PARA MELHOR
Assim, cientes dos enormes desafios que viriam pela frente, os quatro sócios logo se dispuseram a “cavar fundo”, uma vez que as oportunidades não surgem do nada. Correr atrás de qualquer chance para se fazer negócios virou, então, a motivação principal do grupo, até porque naquele momento econômico favorável no qual a Tetraferro foi fundada, a concorrência era acirrada, e os negócios eram fechados com estreitas margens de lucro, o que, naturalmente, não dava nenhum espaço para erros ou indecisões. Por conta disso, abrir e manter novos clientes virou prioridade.
Movidos por esse espírito e pela vontade de evoluir sempre, no início das operações da empresa, os quatro amigos compartilhavam absolutamente todas as tarefas, trazendo para si a responsabilidade sobre as compras, vendas, emissão de documentos fiscais e até subir no caminhão para fazer as entregas. Entretanto, com o passar do tempo – e com imersão cada vez mais sensível dos filhos no negócio – a Tetraferro se profissionalizou, e tais atividades passaram a ser delegadas a departamentos específicos.
Agora, em 2020, quando completa seus 50 anos de fundação, a empresa que conta há 25 anos com a participação da família Teixeira Posses em sua composição acionária é dirigida por Paulo Sérgio de Aro que diz: “Manter a tradição em uma empresa familiar é algo muito importante para nós. Prezamos muito esta situação e nos orgulhamos de já estarmos em nossa terceira geração, caminhando para a quarta”. Os membros da família De Aro e Teixeira Posses que trabalham conosco se prepararam para assumir suas responsabilidades e trabalhar pela empresa e dividem harmoniosamente espaço com profissionais altamente gabaritados e especializados, que, de certa forma, também fazem parte da nossa família”, enfatiza Paulinho.
LINHA COMPLETA
A Tetraferro está aberta para fazer negócios com todos os segmentos atendidos pela distribuição de aço, principalmente na capital e interior do estado de São Paulo. Em sua atual carteira de clientes se destacam aqueles de implementos agrícolas e rodoviários, autopeças, máquinas e ferramentas, estruturas metálicas e produtos das linhas branca e amarela. Seus principais produtos oferecidos ao mercado são chapas laminadas a quente ou a frio, chapas grossas e chapas galvanizadas, perfis dobrados e customizados, perfis em “W” e tubos e chapas cortadas em blanks ou slitters.
Neste momento em que a retomada das atividades no pós-pandemia vem demonstrando viés de crescimento favorável, a empresa, que assim como muitas outras teve a necessidade de dispensar funcionários para se adaptar ao momento mais duro da crise, a Tetraferro está ampliando seu quadro atual e muito perto de chegar novamente aos 100 colaboradores diretos, por meio da recontratação de empregados.
A Tetraferro opera em sede própria de 7.500 metros quadrados, no bairro do Jaçanã, na confluência de duas das maiores rodovias do estado de São Paulo, (Dutra e Fernão Dias) e também muito próximo da marginal Tietê. A empresa tem condições de crescer cerca de 30% sem alterações significativas em sua estrutura física ou de máquinas e equipamentos. Mantendo estreita relação – e visando à racionalização de custos –, compartilha instalações administrativas com o Grupo Pires do Rio-CITEP, além de possuir um escritório de representação no Rio de Janeiro.
RUMO À NORMALIDADE
Em termos de oportunidades de negócios atuais, Paulinho diz acreditar muito no mercado spot – aquele que abrange, basicamente, operações diretas no balcão de negócios –, que vem dando inúmeras provas de vigor, principalmente em função das construções metálicas, que por sua vez estão a cada dia em crescimento e maior aceitação no Brasil, assim como são na Europa e Estados Unidos, algo que encara como um fator muito positivo. Nos demais mercados, a Tetraferro mantém clientes fiéis e acrescenta constantemente novos parceiros ao seu portfólio. “E isso vem fazendo com que a gente consiga atingir regularmente nossas metas propostas, a despeito da acirrada concorrência”, comemora ele.
Olhando para a situação da economia do Brasil como um todo, assim como a maioria dos empresários acredita que o país está caminhando rumo à normalidade, e que ela poderá vir bem antes do esperado. Porém, soma sua voz às de toda a classe empresarial, cobrando maior empenho do Congresso na definição dos parâmetros da Reforma Tributária. “Convivemos com um processo em que a burocracia e a complexidade do regime tributário brasileiro impõem às empresas altos custos e muitas distorções, muitas vezes inviabilizando negócios e causando danos incompreensíveis”, afirma o presidente da Tetraferro.
No tocante à passagem dos 50 anos da empresa, Paulinho se diz muito grato aos clientes, fornecedores, colaboradores e amigos pela constante parceria. “Sinto-me muito honrado em comandar um empreendimento que representa não só uma simples razão social, mas toda uma vida de uma família unida, com suas vitórias e dificuldades, sempre mantendo a retidão nos negócios, e a crença na luta constante para alcançarmos o sucesso e os nossos melhores objetivos”, finaliza.