Comemorando seus 58 anos de operações, a Usiminas integra uma ampla e diferenciada estrutura de empresas integradas para oferecer soluções completas para os mercados brasileiro e global. Conheça os principais destaques desta história!

Marcus Frediani

O dia 26 de outubro marcou uma data muito especial para a Usiminas. Nela, a empresa comemorou os 58 anos de operações. Sem dúvida, foi uma jornada de muitas conquistas, ao longo da qual o aço da Usiminas também evoluiu para mais bem atender o mercado, sempre prezando pela qualidade na produção e na entrega.

Tudo começou em 1962, com o acendimento simbólico do Alto-Forno 1 na Usina Intendente Câmara, em Ipatinga/MG, contando com a presença do então Presidente da República, João Goulart. Três anos depois, a produção da usina passou a ser integrada, a partir da inauguração das áreas de Laminação de Tiras a Quente e a Frio, bem como a de Acabamentos de Tiras a Quente. No mesmo ano, também foi inaugurada a segunda bateria da Coqueria e o Alto-Forno 2.

PESQUISA, SUSTENTABILIDADE E PRIVATIZAÇÃO
Nos anos seguintes, a Usiminas seguiu uma trajetória de crescimento, marcada por iniciativas como a inauguração, em 1971, dos laboratórios do Centro de Pesquisa da Usiminas – o maior em siderurgia da América Latina –, instalação que deu origem ao seu atual Centro de Tecnologia, considerado um dos mais modernos do continente. Em 1974, mais uma inauguração: a do Alto-Forno 3, que possibilitou à Usiminas aumentar a sua capacidade de produção para 3,5 milhões de toneladas de aço por ano. Já a década de 1980, começou com a inauguração da nova sede da Usiminas, em Belo Horizonte/MG, seguida, em 1984, pela realização da primeira edição do Projeto Xerimbabo, iniciativa de cunho socioambiental da companhia.

No início dos anos 1990, com o país em crise, mas já mirando a reabertura de sua economia, o governo brasileiro deu início ao ciclo de privatizações conhecido como Plano Nacional de Desestatização (PND). Perfeitamente alinhada e preparada para o novo momento que o Brasil passava a viver – e, também, por estar em melhores condições financeiras e operacionais –, no dia 24 de outubro de 1991, a Usiminas foi escolhida para ser a primeira empresa estatal do país a ser privatizada, o que lhe permitiu fazer parcerias e expandir ainda mais os negócios da Usiminas. Seguindo sua trajetória de expansão, dois anos depois, no contexto do mesmo PND, a empresa assumiu o controle acionário da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), alocada em Cubatão/SP. E, fechando a década, inaugurou sua área de Laminação a Frio 2, com capacidade para produzir 1 milhão de toneladas de aços laminados por ano.

A CHEGADA DO NOVO SÉCULO
O novo milênio se iniciou com uma grande conquista para a Usiminas: a inauguração da Unigal, em Ipatinga (MG), fruto da joint-venture entre a Usiminas e a Nippon Steel Corporation. Essa parceria permitiu à empresa produzir a Linha de Galvanização a Quente (HDG), a fim de atender a uma grande demanda por parte das montadoras por aços área estampagem, bake hardening e dual phase, entre outros. E, em 2009, nasce a Soluções Usiminas (SU), unidade que veio a reforçar a atuação da empresa em serviços, transformação e distribuição do aço a partir de plantas instaladas em quatro estados brasileiros.

No ano seguinte foi criada a Mineração Usiminas (MUSA), em Itatiaiuçu/MG, originada por meio da joint-venture com a Nippon Steel Corporation. No mesmo ano é implantada a tecnologia CLC na Usina de Ipatinga, permitindo a fabricação de chapas grossas com características especiais para o mercado naval e de óleo e gás, entre outros. E, em 2011, a estrutura da companhia foi mais uma vez reforçada com a introdução da nova Linha de Galvanização por Imersão a Quente, que duplicou a capacidade de produção de aços galvanizados da companhia.

Em 2012, ao completar a marca de 50 anos de atividades, a Usiminas colocou em funcionamento a nova Linha de Tiras a Quente na Usina de Cubatão, uma das mais modernas em operação no mundo. Dois anos depois, ainda na unidade de Cubatão, foi feita a inauguração da Decapagem 3, com o objetivo de atender à crescente demanda do mercado por aços decapados de alto valor agregado. E essa ampliação de sua base produtiva também contribui para que, em 2015, a companhia fosse selecionada como principal fornecedor de aço para a fábrica da Jeep no Brasil, instalada em Goiana/PE, principalmente em função de sua ampla e diversificada oferta de aços para o mercado automotivo, além da capacidade de adequação de seus produtos às demandas dos clientes.

Já 2018 foi um ano marcado pela criação de uma significativa inovação da Usiminas: o lançamento do Usi Solar, o primeiro aço exclusivo para o mercado de plataformas fotovoltaicas. O produto contou com o desenvolvimento da Soluções Usiminas e de seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, trazendo como diferencial a alta resistência do produto à corrosão atmosférica, sem necessidade de pintura ou galvanização. Assim, durante sua produção há um menor gasto energético, o que torna seu custo mais acessível e com um maior benefício ambiental.

INOVAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Hoje, com uma vasta gama de produtos derivados do aço, a companhia atua em toda cadeia de valor por meio de uma ampla e diferenciada estrutura de empresas integradas para oferecer soluções completas para os mercados brasileiro e global, que, como se viu, vão desde a mineração à transformação do aço.

Com uma atuação focada no mercado interno, que, de maneira geral, responde por cerca de 85% de suas vendas, atualmente a Usiminas tem seus principais negócios nas áreas automotiva, de distribuição e de outras indústrias. Quase sexagenária, a ela também se consolidou como produtora de aço em bobinas, chapas grossas e produtos processados para os segmentos de máquinas rodoviárias, naval, construção civil, agrícola, bens de capital, eletroeletrônico, utilidades domésticas e máquinas e equipamentos em geral. Entre seus principais produtos estão placas, chapas grossas, laminados a frio, galvanizados por imersão a quente e eletro-galvanizados.

Dando continuidade ao seu processo de evolução constante, em seus novos tempos a Usiminas tem investido na parceria com startups de diversos setores de atuação, buscando novas soluções que agreguem valor a seus produtos, processos e serviços, sejam os diretamente ligadas à área industrial, sejam os de backoffice. Desde o lançamento da sua plataforma InovaAí, em fevereiro de 2019, a Usiminas tem estreitado seu relacionamento com empresas de base tecnológica. O esforço rendeu à companhia a integração à lista das 50 companhias brasileiras que mais interagem com startups, impulsionando a inovação aberta no país, e entre as 100 mais inovadoras no uso da Tecnologia da Informação (TI).

NOVOS TEMPOS, NOVAS REALIZAÇÕES
Sempre atenta a todas as movimentações do mercado de aço no Brasil e no mundo, a Usiminas entrou em 2020 – ano em que completa o seu 58º aniversário – com vigor especialmente renovado, concentrando seus esforços de maneira muito intensa no desenvolvimento de várias ações pontuais, sempre com o suporte das startups, para vencer os desafios da pandemia do novo coronavírus. Entre elas, merecem especial destaque o lançamento do “Desafio de Inovação COVID-19”, em parceria com seu braço social na área de Saúde e Educação, a Fundação São Francisco Xavier, e, ainda, a implementação um programa de ideias focado em intraempreendedorismo e inovação aberta, com a participação de todos os seus colaboradores. Além disso, também se tornou uma das empresas “madrinhas” do maior programa do país de aceleração dessas unidades-celeiros de inovação para a indústria, o Fiemg Lab 4.0, que tem por objetivo levar a cultura da inovação para outros setores e aplicar novas ideias e soluções em diversos processos.

Complementarmente, no último dia 26 de agosto, em evento que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, a empresa retomou oficialmente a operação do Alto-Forno 1 – equipamento considerado um símbolo da siderurgia brasileira, com capacidade de produção de 600 milhões de toneladas/ano – e da Aciaria 1, ambos instalados em Ipatinga. A partir dessa religação, e somada à produção do Alto-Forno 3, a atual capacidade companhia alçou-se a 2,8 milhões ton/ano.

EM RITMO DE RETOMADA

Num período marcado pela retomada econômica do país, a Usiminas encerrou o terceiro trimestre do ano com resultados positivos em diversos indicadores. No período, o lucro bruto da companhia foi de R$ 892 milhões, enquanto o lucro líquido ficou em R$ 198 milhões. No geral, seu caixa encerrou o período com uma alta de 49%, ficando em R$ 3,7 bilhões, o mais elevado valor em sete anos. No período, os volumes de vendas de aço, atingiram 934 mil/ton, com alta de 54% na comparação ao 2T20, e de minério de ferro, com alta de 21%, enquanto a receita líquida foi de R$ 4,4 bilhões, 80% maior do que o registrado no 2T20.

“O cenário está mudando, e o viés é de retomada. Estamos trabalhando em duas frentes, para atender à reposição dos estoques – que, é lógico, ficaram defasados em função da paralisação dos negócios das empresas no período –, bem como para atender à tendência de crescimento do consumo real de aço, que é bem forte, respeitando, naturalmente, o leading time da produção, que é de 45 a 75 dias, dependendo do produto”, afirma, Sergio Leite, presidente da Usiminas, empresa que, em agosto último, já com sinais de retomada da economia, reativou diversos equipamentos de suas unidades de Ipatinga e de Cubatão. “O único que continua parado é o nosso Alto-Forno 2. Mas, como temos muita flexibilidade, isso não nos preocupa neste momento. Não temos pressa: a decisão de reativá-lo só deverá ser tomada no primeiro trimestre de 2021”, pontua o executivo.

No terceiro trimestre, a companhia registrou outras importantes conquistas também no que diz respeito à Sustentabilidade, com projetos nas áreas social, econômica e ambiental. Exemplo disso, em setembro, foi o início das operações integradas da Central de Monitoramento Ambiental da Usina de Ipatinga. Nesse âmbito, merecem destaque também suas iniciativas em prol da Diversidade e Inclusão, que acabam de render à Usiminas a conquista do Prêmio Steelie Awards, da World Steel Association, na categoria “Excelência em Sustentabilidade”.

“Inclusão, para nós, é prioridade. Com esse objetivo, uma das frentes nas quais estamos trabalhado com mais vigor é naquela de aumentar exponencialmente o número de mulheres em nosso corpo executivo. E aí eu faço o convite: mulheres de todo o Brasil, venham trabalhar na Usiminas! Estamos de portas abertas para recebe-las”, finaliza Sergio Leite.