Conforme o Instituto IHS Markit o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria brasileira cresceu de 64,9 em setembro para 66,7 em outubro, Segundo a nota o indicador atingiu o seu maior nível mensal desde o início da série histórica do PMI, em fevereiro de 2006.
Os participantes da pesquisa relataram uma expansão em níveis quase recordes em novas encomendas e na produção, além de um retorno ao crescimento das vendas para exportação. As empresas aumentaram a contratação de pessoal e a atividade de compra, com um maior otimismo em relação à produção no futuro.
Ao mesmo tempo, o aumento nos preços tanto de insumos quanto de produtos atingiu números recordes da pesquisa. Aumentando de 64,7 em agosto para 64,9 em setembro, o Índice Gerente de Compras™ (PMI®) da IHS Markit para o Brasil assinalou a mais acentuada melhora do setor desde o início da coleta de dados, em fevereiro de 2006. Expansões mais rápidas nos índices de emprego e estoque de insumos e um aumento acentuado dos prazos médios de entrega propiciaram um movimento ascendente desta magnitude.
O volume de pedidos aumentou acentuadamente em setembro, sendo o segundo ritmo mais forte na história da pesquisa (atrás somente de agosto). Os participantes da pesquisa sugeriram que as recentes medidas de relaxamento das restrições relativas à COVID19, o fortalecimento das condições de demanda e os pedidos em larga escala contribuíram para o crescimento no total das vendas. O volume de novos negócios do exterior aumentou em setembro, encerrando um período de um ano de contração. Além disso, a taxa de crescimento se mostrou sólida e a mais rápida em quase quatro anos e meio.
As taxas de expansão mensais para a produção, novos pedidos, exportações e empregos atingiram níveis recordes ou quase, indicando que o setor continuou a se recuperar das contrações historicamente severas acarretadas pelo surto da covid-19”, escreveu em nota a diretora econômica da IHS Markit Pollyanna de Lima.
Em outubro, a criação de empregos e a demanda internacional por produtos brasileiros atingiram os maiores níveis de toda a série histórica. O volume de produção subiu no segundo maior ritmo da série, atrás apenas do observado em agosto.
Na outra ponta, a expansão dos pedidos em atraso foi a maior da história da pesquisa. A alta de negócios em atraso foi citada pelos entrevistados como fruto da escassez de matérias-primas.
“Embora a depreciação da moeda tenha ajudado a aumentar a competitividade das empresas locais nos mercados internacionais, ela também acentuou os preços pagos por itens importados”, diz Pollyanna. “Isto, aliado à escassez de matérias-primas, levou ao aumento das despesas dos fabricantes com o ritmo mais acelerado desde o início da coleta de dados.”
O PMI industrial de outubro captou inflação em recorde de alta para a indústria, também com aumento recorde dos preços de bens finais. Mesmo assim, o otimismo no horizonte de 12 meses continuou alto.
Projetando o futuro, os fabricantes de mercadorias se mostraram otimistas em relação a perspectivas de crescimento. Os participantes da pesquisa esperam que os investimentos, a expansão da capacidade e ajustes pós-pandemia sustentem o aumento da produção nos próximos 12 meses.
Fonte: https://www.markiteconomics.com/