Apesar de que há ainda várias reclamação de setores consumidores de aço sobre a regularização do fornecimento de produtos siderúrgicos, os distribuidores começaram a sentir em outubro uma certa acomodação em sua atividade.
As vendas de aços planos em outubro mostraram queda de 7,8% quando comparada a setembro, que provavelmente será considerado o melhor mês do ano, com o montante de 371,7 mil toneladas vendidas contra 403,1 mil. Para corroborarmos nossa afirmação se considerarmos o resultado sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 317,7 mil toneladas, apuramos alta de 17%.
As usinas continuam tentando regularizar os estoques dos distribuidores que pela sua tradição devem funcionar como um bolsão de desafogo e as compras de outubro registraram alta de 9,4% perante a setembro, com volume total de 346,5 mil toneladas contra 316,7 mil. Na mesma situação em comparação com outubro do ano passado (299 mil ton.), apresentou alta de 15,9%.
Com este movimento os estoques fecharam em números absolutos em queda de 3,6% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 678,3 mil toneladas contra 703,5 mil. O giro de estoque fechou em alta com 1,8 meses.
Com a desvalorização do real em relação ao dólar e ao euro as importações vão se retraindo e encerraram o mês de outubro com queda de 9,9% em relação ao mês anterior, com volume total de 66,9 mil toneladas contra 74,4 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (125,8 mil ton.), as importações registraram queda de 46,8%.
Com respeito ao comportamento nos próximos meses segundo a mesma fonte em novembro deve haver nova retração em torno de 5% em relação a outubro.
Veja na edição de novembro da revista Siderurgia Brasil, uma análise mais detalhada do comportamento de distribuição no ano de 2020.