Segundo dados divulgados pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, os indicadores de atividade econômica industrial em dezembro apontam para expansão do PIB global no quarto trimestre de 2020.

Os índices PMI de vários países foram divulgados no começo desta semana, relativos à atividade manufatureira em dezembro. Na Área do Euro, o indicador subiu de 53,8 na leitura final de novembro para 55,2 pontos em dezembro. Esse resultado, pouco abaixo do esperado e da prévia (55,5), mostrou alta generalizada entre as economias da região, com destaque para a Alemanha, com o maior nível em quase três anos.

As atenções se voltam, agora, ao indicador não-manufatureiro, setor que tem sido mais afetado pelo avanço da pandemia na região, que será divulgado ao longo da semana. O PMI do Reino Unido também avançou no período, de 55,6 para 57,5 pontos. O indicador japonês, por sua vez, avançou de 49 para 50 pontos no período, alcançando o nível mais elevado desde abril de 2019 e apontando para estabilidade, depois de um longo processo de redução das perdas. Na China, o indicador calculado pelo escritório de estatísticas do país recuou de 52,1 para 51,9 pontos. Esse patamar, superior ao que prevaleceu entre abril e outubro do ano passado, sugere continuidade da expansão chinesa.

Já em se falando de mercado brasileiro foram feitos leves ajustes para as expectativas de PIB e inflação para 2021. Segundo o relatório

Focus, divulgado pelo Banco Central, o mercado espera crescimento de 3,40% para o PIB deste ano (ante 3,49% na leitura anterior e manteve a expectativa de crescimento de 2,5% para 2022.

Em relação ao IPCA, a mediana das projeções para 2021 caiu de 3,34% pra 3,32%, enquanto para 2022, foi mantida em 3,50%. Para a taxa

de câmbio, a mediana das expectativas para o final deste ano continuou em R$/US$ 5,00 e, para o ano que vem, foi reduzida de R$/US$

4,95 para R$/US$ 4,90. Por fim, a mediana das projeções para a taxa Selic recuou de 3,13% para 3,00% para o final de 2021 e, para o final

de 2022, seguiu em 4,5%.

A aposta agora é para a apuração do PIB de 2020, que pode mais uma vez surpreender.

Fonte: depec-bradesco@infobradesco.com.br