Segundo dados divulgados pela a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) os emplacamentos de veículos em janeiro de 2021 ficaram muito abaixo do que era esperado.

Na coletiva Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, informou que a queda de 30% em relação ao ano passado, refletem diretamente as medidas tomadas pelo governador João Doria. Assim como já havia acontecido em comunicado feito pela FIESP e reproduzido no portal Siderurgia Brasil ele culpou diretamente o governador pela quebra de compromisso de não aumentar os impostos contribuindo assim diretamente para o retrocesso da atividade.

Segundo Alarico “Devemos contabilizar que São Paulo acumula mais de 23% das vendas de veículos novos e cerca de 40% das transações de usados no país. Ao analisarmos estes números podemos ter a dimensão dos estragos que as medidas adotadas pelo governador João Doria estão fazendo”.

Os números por setor: (-) 32,8% em automóveis e (-) 16,7% em utilitários, picapes e vans. Caminhões tiveram déficit de 24,7%, enquanto ônibus registraram queda de 14,6% no comparativo anual.

Segundo o executivo da Fenabrave, os licenciamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos em janeiro somaram 171.153 unidades. Isso representou um recuo de 11,5% em relação ao mesmo mês de 2020.

Porém segundo comunicado oficial do governo de São Paulo, a medida é necessária para reequilibrar o orçamento do estado tendo em vista às perdas de arrecadação ocorridas em 2020 com a paralisação quase total das atividades.

“O objetivo do ajuste fiscal é proporcionar ao Estado recursos para fazer frente às perdas causadas pela pandemia”, diz nota divulgada pelo governo estadual.

”A medida, garantida pela Constituição, é necessária. O governo de São Paulo segue aberto ao diálogo e tem realizado reuniões com os representantes dos diversos setores”, acrescenta o comunicado.

A partir de 15 de janeiro as revendedoras passaram a pagar alíquota de 5,5% sobre o valor de venda dos veículos usados. O valor anterior era de 1,8%. Sobre isso a Fenabrave em manifestação de seus dirigentes acredita que tal medida servirá para aumentar o fechamento das lojas e consequente aumento de desemprego do setor.

 “Isso é desemprego, fechamento de lojas, tudo o que o país não precisa”, afirmou o diretor executivo da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Marcelo Franciulli em recente entrevista coletiva da entidade junto com outras organizações que representam a cadeia de venda e produção de veículos.

Concluindo a Fenabrave acredita que além do problema da subida dos impostos (o mais grave) houve também dificuldades, como a falta de componentes e uma possível segunda onda da doença, que tem obrigado as concessionárias a permanecerem fechadas nos fins de semana, justamente considerados dias de bom movimento.

Fonte: Fenabrave