Segundo Ahmed Sameer El Khati que éProfessor de Contabilidade, Finanças e Auditoria (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) e tem experiência, desde 2000, em pequenas, médias e grandes empresas, incluindo o setor público os juros altos são uma arma usada por governos para combater a inflação, mas há efeitos colaterais: eles atrapalham o crescimento do país. Diz ele “Na tentativa de conter a inflação e a alta do dólar, uma das ferramentas que poder ajudar é justamente a alta da taxa Selic, o que torna o investimento produtivo menos viável e que desestimula o consumo, já que força o aumento das taxas de juros no sistema bancário. Nesse raciocínio, o aumento da Selic – que aumentaria o custo de se tomar empréstimos no país – poderia ser um instrumento para deteriorar ainda mais a economia, desestimulando investimentos e o consumo, já que se veem riscos de uma disparada nos preços nos próximos meses”.
Continua “Existe uma tendência de alta para a SELIC. No dia 17/03/2021 foi anunciado um aumento de 75bps (0,75%). O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) chegou a 5,2% nos últimos 12 meses (considerando o mês de fevereiro de 2021) está muito próximo à meta definida pelo governo (teto) de 5,25%. Esse aumento parecia momentâneo, mas é possível que tenhamos uma inflação de 4,6% ao final deste ano. O aumento recente indica que na próxima reunião do COPOM, marcada para os dias 04 e 05 de maio, tenhamos um novo aumento, possivelmente no mesmo percentual de 0,75%”, diz.
Complementa “Uma economia aquecida em geral é boa para todos: há mais vendas para os empresários e mais empregos e consumo para os trabalhadores. No entanto, se há muita procura de produtos, eles podem ficar escassos e passam a custar mais caro, causando inflação. Uma taxa alta também prejudica a maioria da população, que paga crediários maiores, e os empresários, que encontram dificuldades para vender sua produção e expandir negócios, pois fica caro comprar máquinas, por exemplo”.
Fonte: Imprensa Fecap imprensa@fecap.br