Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço – Inda, o setor de distribuição de aços onde se incluem distribuidores, processadores e revendedores de Chapas Grossas, Laminados a Quente, Laminados a Frio, Chapas Zincadas a Quente, Chapas Eletro-Galvanizadas, Chapas Pré-Pintadas e Galvalume registrou neste mês de fevereiro uma ligeira queda em seus indicadores. Tal situação não foi vista com preocupação e a explicação é que por ser um mês com menor número de dias úteis e a economia e os consumidores ainda estarem em um período de ajustes tais situações são pontuais e normais.

As vendas mostraram queda de 3.8% quando comparada a janeiro, com um montante de 312,3 mil toneladas contra 324,6 mil daquele mês. No entanto se compararmos com o mesmo mês do ano passado o crescimento registrado foi de 9,8% pois em 2020 haviam sido comercializadas 284,6 mil toneladas.

Também as compras registraram queda de 4,2% perante a janeiro, com volume total de 321,9 mil toneladas contra 335,9 mil de janeiro. Mas também em relação ao ano passado houve alta de 5,1%, uma vez que foram adquiridas 306,2 mil ton.

Com este movimento o estoque na rede de distribuição cresceu em números absolutos, 1,4% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 696,5 mil toneladas contra 686,9 mil. O giro de estoque fechou em alta com 2,2 meses.

No tocante as importações elas encerraram o mês de fevereiro com queda de 36,8% em relação ao mês anterior, com volume total de 101,9 mil toneladas contra 161,4 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (64,8 mil ton.), as importações registraram alta de 57,3%.

Segundo Carlos Loureiro, presidente do Inda havia sido projetado um crescimento de 5% nas vendas e nas compras para o próximo mês (março). No entanto com o novo processo de restrições ao comércio com fechamento de grande parte dos estabelecimentos, esta projeção pode não se realizar. Loureiro disse ainda que os possíveis atrasos e faltas de material que ainda estão ocorrendo é porque os estoques reguladores da rede de distribuição ainda não foram totalmente cobertos pelas Usinas. Neste sentido ele acredita que as paralisações tanto na indústria como na construção civil por causa do agravamento da pandemia, poderá ser benéfica para que as usinas coloquem mais rapidamente em dia os níveis de estoque na rede de distribuição. Com respeito ao ajuste de preços por parte das usinas ele informou que no momento tem conhecimento do aumento anunciado pela CSN e pela Gerdau, mas acredita que as outras (ArcelorMittal e Usiminas) deverão ainda nesta semana divulgar os ajustes que serão praticados a partir de abril.

Fonte: Inda/Sindisider