Segundo dados divulgados pela Alacero – Associação Latino-americana do Aço em dezembro foi registrado um aumento no consumo de aço de 10% em relação ao mês anterior e de 16% na comparação com o mesmo mês de 2019, chegando a um acumulado de 58,9 milhões de toneladas (Mt) e ao indicador mensal mais alto desde março de 2017.

Em um período de contração global muito superior à registrada desde a crise financeira de 2008/2009, a América Latina busca consolidar a sua recuperação em um cenário econômico desafiador.

O consumo de 2020, no entanto, registrou uma queda de 9,6% em relação a 2019, devido à redução da atividade industrial nos meses de confinamento rigoroso. A participação das importações no consumo de dezembro do ano passado (35%) ficou acima do valor registrado nos últimos cinco meses (27-30%), influenciado por uma grande demanda. Já a participação das importações no consumo do ano fechou em 33%, abaixo da faixa de 35-37% de anos anteriores.

As exportações de dezembro de 2020 cresceram 23,6% na comparação com o mês anterior, acumulando uma redução anual de 19,8%. Consequentemente, a balança comercial de dezembro registrou o maior déficit do ano, principalmente devido ao aumento das importações no México. No entanto, o ano todo registrou uma redução de 10,7%. Em janeiro 2021, a produção de aço bruto manteve a tendência de crescimento e atingiu níveis 8,7% superiores aos de janeiro de 2020, chegando a 5,3 Mt. Mas o excesso de capacidade mundial continua sendo um risco para o consumo interno, que vem crescendo. “Os países da América Latina devem ter a visão de salvaguardar uma indústria básica, protagonista da recuperação econômica e que emprega mais de 1,2 milhão de pessoas”, disse Francisco Leal, Diretor-Geral da Alacero.