Exportações de sucata ferrosa recuam no primeiro trimestre.

Conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, apresentaram queda de 69,3% no primeiro trimestre deste ano, em decorrência da recuperação da demanda interna. Entre janeiro e março de 2021, foram exportadas 64.880 toneladas de sucata, em comparação com as 211.378 toneladas no mesmo período do ano passado, Já as importações, chegaram a 136.273 toneladas no comparativo de apenas 3.380 toneladas nos primeiros três meses de 2020. A expectativa é de que o consumo de sucatas de ferro e aço no Brasil em 2021 chegue a 9 milhões de toneladas, 12,5% acima de 2020, cuja estimativa é de 8 milhões de toneladas.

O declínio expressivo nas exportações, segundo o Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), vem sendo ocasionado pelo incremento no consumo de sucatas metálicas por parte das usinas siderúrgicas e fundições, que vem aumentando sua produção puxado por potenciais setores consumidores de aço, tais como a construção civil e a indústria automotiva.

O setor de sucata segue destinando neste momento mais de 90% do total processado de materiais ferrosos ao mercado interno. “A exportação é alternativa fundamental ao equilíbrio e subsistência de toda a cadeia da reciclagem, possibilitando a comercialização de volumes excedentes, especialmente em momentos de crises econômicas, sanitárias e humanitárias, com forte retração do consumo interno”, afirma o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), Clineu Alvarenga.

“A repentina retomada na produção de bens de capital e de consumo levou as usinas siderúrgicas a recorrer as importações de sucatas para atender os consumidores de aço no ritmo demandado. Acreditamos que em tempo recorde os níveis de estoques e de segurança de estoques de sucatas ferrosas das usinas siderúrgicas (aciarias) já retornaram a plena normalidade, haja vista a imposição de baixas nos preços de compra de materiais ferrosos recicláveis”, afirma o presidente do Inesfa.

Fonte: Mauro.arbex@letrasefatos.com.br