Segundo o boletim recebido do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, em 16 de abril, a retomada do crescimento mundial já é uma realidade.

De acordo com a nota: “Os mercados acionários mundiais operam em alta nesta manhã, enquanto o dólar se enfraquece ante a maioria das moedas. Na Área do Euro, a inflação ao consumidor acelerou de uma alta interanual de 0,9% em fevereiro para outra de 1,3% em março, mas ainda em nível tolerado pelo Banco Central Europeu. Por fim, os preços do petróleo avançam, ampliando os ganhos da semana, em meio à melhora da perspectiva para a demanda”.

No mesmo sentido a atividade econômica nos EUA voltou a acelerar, impulsionada por reabertura e estímulos fiscais. As vendas do varejo cresceram 9,8% em março, bem acima do esperado (+5,9%) e após a queda de 2,7% em fevereiro. Houve forte recuperação, com crescimento em todos os segmentos do comércio, em parte refletindo o efeito de reabertura da economia, além dos estímulos de transferências de renda. Ao mesmo tempo, a produção industrial avançou 2,7% em março, após recuo de 3,7% em fevereiro. Embora em recuperação, a indústria enfrentou problemas de oferta de insumos, limitando o crescimento no mês passado. Já neste mês, o indicador industrial Empire State, referente à região de Nova York, avançou 8,9 pontos entre março e abril, ao atingir 26,3 pontos, sugerindo crescimento da indústria do local.

O outro gigante mundial, a China deverá continuar apresentando um robusto crescimento nos próximos meses, mas abaixo do forte ritmo observado no primeiro trimestre. A forte expansão interanual do PIB, de 18,3% registrada no primeiro trimestre, é o mais forte já registrado, refletindo não somente a base de comparação mais fraca do início de 2020, mas também estímulos governamentais que têm dado suporte para a retomada da atividade econômica, que tendem a ser gradualmente reduzidos à frente. Contudo, o dado reportado ficou abaixo do esperado (19%), o que também ocorreu na métrica trimestral na margem. Os dados de março, por sua vez, mostram alguns sinais de desaceleração na passagem para o segundo trimestre. A produção industrial subiu 14,1% ante março do ano passado, abaixo do esperado (17,2%), refletindo ações para redução da poluição e falta de insumos em alguns segmentos. As vendas do comércio varejista, por sua vez, avançaram 34,2% no mês, surpreendendo positivamente (28%). O consumo tem mantido o ritmo dos meses anteriores e já alcançou o patamar anterior ao da pandemia.

Fonte: Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

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