Segundo dados divulgados pelo Inda, entidade que congrega as empresas processadoras e distribuidoras de aços planos no Brasil, alguns fatores importantes contribuíram para que o setor, mesmo com uma sequência de feriados, aqui em São Paulo, conseguisse apresentar um bom resultado no mês de março.
As vendas de aços planos em março apesentaram alta de 4,2% quando comparada a fevereiro, atingindo o montante de 325,4 mil toneladas contra 312,3 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 265,3 mil toneladas, registrou alta de 22,7%. A explicação é que no ano passado o mês de março já foi quase que totalmente parado, pela incidência da Covid 19.
Ainda buscando regularizar a sua situação de estoques a rede comprou mais em março. Foram registradas alta de 5,6% perante fevereiro deste ano, com volume total de 340,1 mil toneladas contra 321,9 mil e 24,8% perante março do ano passado (272,5 mil ton.).
Ainda assim os estoques continuam abaixo dos números históricos do setor. Em números absolutos, o estoque de março mostrou alta de 2,1% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 711,2 mil toneladas contra 696,5 mil do mês passado. O giro de estoque fechou em 2,2 meses, quando o número histórico é de 2,7 meses.
As importações encerraram o mês de março com alta de 37,8% em relação ao mês anterior, com volume total de 140,4 mil toneladas contra 101,9 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (58,5 mil ton.), as importações registraram alta de 139,8% Nas importações deve se considerar ainda que além dessas 140,4 mil toneladas, as usinas compraram mais 69,4 mil toneladas em placas que serviram para suprir a alta demanda que o aço vem apresentando.
Carlos Loureiro também disse que o aumento de preços projetado para abril aconteceu de forma natural entre os dias 14 e 15 deste mês e que ele não tem noticia neste momento de qualquer outro movimento no sentido de novo aumento.
Entretanto como os preços internacionais continuem em viés de alta, o próprio futuro quem vai ditar as regras daqui para frente.
Com respeito às suas previsões para abril, espera-se um recuo, pois todas as empresas estão sentido com o “lockdow” parcial que está correndo em várias cidades brasileiras. Várias montadoras de veículos determinaram a suspensão de operações e por certo isto irá impactar nos próximos resultados.