Com vendas externas de 37.110 toneladas em abril, as exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição do aço pelas usinas siderúrgicas, apresentaram queda de 30,2% em comparação com abril de 2020, que chegou a 53.162 toneladas. Nos primeiros quatro meses deste ano, o recuo foi ainda maior, de 61%. Foram 264.540 mil toneladas exportadas de janeiro a abril de 2020, contra 101.993 no mesmo período deste ano. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Em compensação, as importações em abril deste ano voltaram a crescer e atingiram 36.180 toneladas. Desse total, 28.802 toneladas foram importadas pela Companhia Siderúrgica do Pecém, no Ceará. Se descontadas as compras da Pecém, o volume está dentro do esperado, conforme o Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa).

O consumo de sucata no Brasil vem reagindo desde o final do ano passado, puxado pela forte retomada da indústria da construção civil e maior procura por aço, podendo superar 9 milhões de toneladas neste ano, 12,5% acima de 2020, cuja estimativa é de 8 milhões de toneladas, nos cálculos do Inesfa.

Diante desse quadro, a exportação se apresenta mais uma vez como importante alternativa ao equilíbrio e subsistência de toda a cadeia da reciclagem. A expectativa do presidente do Inesfa, Clineu Alvarenga, é de que, com o atual cenário e valores locais da sucata ferrosa, as vendas externas devem voltar a ganhar força nos próximos meses, após recentes retrações. O presidente do Inesfa também lembra que não há falta de sucata no país, sendo injustificável trazer o insumo do exterior. Na avaliação do Inesfa, houve uma rápida recomposição dos níveis de estoques de sucatas ferrosas por parte das usinas siderúrgicas, que já retornaram à plena normalidade.

“Apostamos em um ano melhor, mas ainda distante do pico de 2013, onde foram consumidas 11,171 milhões de toneladas”, diz Alvarenga.

Fonte: Mauroarbex@gmail.com – Assessoria de imprensa