Segundo o Instituto Aço Brasil a produção brasileira de aço, bateu novo recorde no mês de abril. Foram produzidas 3,1 milhões de toneladas representando a maior produção desde o mês de abril de 2018.

Também houve crescimento se considerarmos o quadrimestre de janeiro a abril, quando a produção alcançou 11,8 milhões de toneladas que foi 15,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado. E analisando os números em relação ao mês anterior, março de 2020, quando a produção divulgada foi de 2.809 milhões de toneladas tivemos um aumento em torno de 10%.

Cresceu também o movimento das vendas internas que atingiram em abril 1,9 milhão de toneladas, representando um crescimento de 96,1% frente ao apurado em abril de 2020. Temos de considerar que abril do ano passado não deve servir como referência pois o país estava praticamente parado com a maioria das indústrias de portas fechadas em função do início da pandemia. Da mesma forma, em abril, o consumo aparente de produtos siderúrgicos, que foi de 2,2 milhões de toneladas, apresentando crescimento de 95,7% ao verificado no mesmo período de 2020. Repetimos que o forte crescimento desses indicadores se deu pela baixa base de comparação de abril de 2020, período mais agudo da grave crise de demanda que impactou a indústria de transformação e a indústria do aço.

Mas se considerarmos as vendas internas, nos primeiros quatro meses do ano, foram de 7,9 milhões de toneladas, representando uma alta de 40,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O consumo aparente de produtos siderúrgicos, no primeiro quadrimestre deste ano, foi de 9,0 milhões de toneladas, acumulando uma alta de 43,7% frente ao registrado no mesmo período de 2020.

Segundo Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do IABr, “Esses dados mostram que a indústria brasileira do aço continua produzindo e colocando no mercado interno acima do que foi produzido e ofertado no início do ano, portanto, antes da crise de COVID-19. A maior demanda do mercado interno reflete a retomada dos setores consumidores, mas também a formação de estoques defensivos de alguns segmentos em relação à volatilidade do mercado, ocasionado pelo boom no preço das commodities. No caso da indústria do aço, a quase totalidade de insumos e matérias primas e, em especial, as essenciais como minério de ferro e sucata continuam com significativa elevação de preços, com forte impacto nos custos de produção do setor”.

O Aço Brasil está divulgando hoje, também, o Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) referente ao mês de maio. Este cresceu 3,7 pontos frente ao mês anterior, atingindo 71,1 pontos, fundamentalmente devido à melhora das expectativas por parte dos CEO´s do setor em relação ao cenário dos próximos 6 meses. O ICIA se encontra 21,1 pontos acima da linha divisória de 50 pontos”.

Fonte: Assessoria de Imprensa IABR.