Quando sua empresa já não apresenta os resultados que você espera é preciso mudar e incorporar novas técnicas para mudar o rumo.

Gérlio Figueiredo*

Apesar de muitos investidores terem iniciado o ano com boas expectativas acerca da retomada da economia, os reflexos da crise financeira causado pela pandemia mundial da Covid-19 ainda estão sendo sentidos no comércio e empresas vem fechando as portas por não conseguirem se adaptar ao cenário.

Para um grande exemplo, temos a Ford que, em janeiro deste ano, informou o encerramento de três fábricas em Camaçari (Bahia); Taubaté (São Paulo) e Horizonte (Ceará).

Entretanto, quando sua empresa já não apresenta mais os resultados desejados é preciso uma reestruturação empresarial e voltar a lucrar. Se você não sabe o que isso quer dizer, veja nas recomendações abaixo como tratar o assunto

“Quando falamos em reestruturação estamos falando de uma avaliação geral que o investidor tem que fazer na empresa quando a mesma já não alcança mais os objetivos. A análise abrange todos os setores e ele precisa identificar os pontos que estão lhe trazendo problemas, o que agrega e o que não agrega valor ao seu negócio, para então poder realizar mudanças profundas”, disse o especialista.

Sendo assim, o primeiro passo é o diagnóstico interno, no qual é importante atentar-se nas áreas financeira e operacional, checar os ativos e os passivos, os meios de precificação dos produtos, contratos com fornecedores e outros processos importantes para a operação da companhia. “Saiba de imediato onde está surgindo o problema e não deixe acumular, pois, posteriormente, esse acúmulo pode impossibilitar a reestruturação eficiente da empresa”, alerta.

Sinais de alerta
Para ajudar a identificar os problemas, o primeiro sinal de alerta é quando há um aumento desproporcional de custos: “É quando os gastos da empresa com o produto final é maior que o retorno, ou seja, quando há um aumento de investimento, mas o retorno é mínimo. Isso leva o risco de a empresa não ter o lucro necessário para a manutenção interna.

Outro ponto é quando o consumidor já não apresenta mais entusiasmo com o produto ou serviço, com isso têm-se a perda de credibilidade no mercado, consequente diminuição de clientes. “Aqui, a empresa necessita de inovação, é preciso encontrar novas estratégias de marketing”.

Por fim, o terceiro ponto é o aumento de dívidas. “Nesse ponto, uma alternativa é realizar demissões para sobrar dinheiro no caixa e regularizar a situação”, disse.

Passos para realizar uma reestruturação
No ano passado, 3,36 milhões de empresas foram abertas, entretanto 1,04 milhão foram fechadas, segundo levantamento do Ministério da Economia.

O que levou o fechamento dessas empresas foi a falta de uma boa gestão e para que sua marca não tenha o mesmo destino, abaixo, três dicas de como realizar uma reestruturação empresarial. A avaliação é que após ter todo o diagnóstico levantado é preciso:

  1. Ter um plano de Ação: “Se resume, basicamente, em elaborar estratégias de crescimento, sejam eles cortes de custos, remanejamento de equipe, bem como a capacitação deles, e definir um prazo para serem concluídas”.
  2. Realizar a execução: “Coloque em prática assim que possível, como disse anteriormente, para não acumular. Aqui vale acompanhar as etapas de implementação das ações para que não desviem do plano criado e as metas sejam atingidas e mudar o que precisar”.
  3. Analisar os resultados: “Nos meses seguintes, busque comparar como era a empresa e como ela está. Só assim será possível dimensionar o quanto o processo de reestruturação foi eficiente e se ele realmente está ajudando a sua empresa a crescer”.

“O foco deve ser sempre a sobrevivência do negócio mais do que a expansão ou a inovação”, finalizou.

*Gérlio Figueiredo, é empresário e acumula vasta experiência em diferentes nichos de mercado, como transportes, construção civil, pecuária, factoring, indústria de vestuário e entretenimento.