Carlos Loureiro, presidente executivo do Inda, entidade que reúne os principais processadores e distribuidores de aços do Brasil, explicou nesta coletiva do dia 22 de junho que apesar dos números terem apresentado uma retração em maio ele acredita que não houve desaquecimento, mas alguns fatores contribuíram para este quadro, entre os quais ele enumerou dois: Todo aquele aço comprado no exterior nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro estão chegando agora ao Brasil e evidentemente com preços melhores daqueles que estão sendo praticados hoje no mercado interno. Os distribuidores já acumulam altas perto de 65% nos preços, desde janeiro deste ano, situação amplamente divulgada em todos nossos informativos. O que houve no mercado foi uma troca dos distribuidores que trabalham 100% com aço nacional por importadores que, aliás, segundo Loureiro, devem estar realizando um bom resultado com estas operações. O segundo fator apontado diz respeito exatamente aos preços do aço brasileiro. Ele já recebeu diversas informações na sede da entidade de que muitos distribuidores não estão conseguindo passar aos consumidores, os últimos aumentos de preços praticados pelas usinas, tendo de diminuir sua margem de negociação. “Não há espaço para novos reajustes, principalmente considerando que o dólar está apresentando tendência de queda e analistas econômicos já apontam para o segundo semestre o dólar na casa dos R$5,00”, disse Loureiro.

Segundo os relatórios recebidos, as vendas no mês de maio mostraram um recuo de 6,6% quando comparadas ao mês anterior. Foram vendidas 320,3 mil toneladas contra 343,1 mil toneladas.

Já sobre o ano passado o crescimento foi de 52,7%, lembrando que no ano passado no mês de maio estávamos em pleno pico da pandemia.

O acumulado de vendas do ano mostra uma evolução de 34,9% com um total de 1.625 milhões de toneladas vendidas.

As compras das distribuidoras permaneceram no mesmo patamar do mês passado ou seja 345,6 mil/ton contra 345,1 mil/ton do mês passado. Na variação de ano para ano o período de janeiro a maio de 2021, foram adquiridas 1.688,6 mil/ton contra 1.253,6 mil/ton do ano passado, com crescimento de 34,7%.

Com este movimento os estoques subiram de 713,2 mil/ton para 738,4 mil/ton e representa um giro de estoque de 2,3 meses.

Confirmando a informação as importações de aço em maio foram de 324.133 mil toneladas incluindo as placas que as próprias usinas importaram. Se expurgarmos as placas as importações desembarcadas em portos brasileiros forma 188.994 mil/ton. Em relação a abril o crescimento foi de 50,7% pois naquele mês foram contabilizados 125.448 mil/ton.

Fonte: Inda