Na coletiva da Abimaq relativa ao mês passado o resultado do mês de julho apresentou ligeira queda de 4,3% em relação ao faturamento líquido do mês anterior, resultado este já esperado segundo seis dirigentes, e com crescimento menos intenso na comparação interanual. Na comparação com o mesmo mês de 2020, o crescimento foi de 7,1% ainda puxado pelos setores ligados ao agronegócio e de bens de consumo que continuam muito fortes no seu desenvolvimento.

O consumo aparente também caiu em 2,5% em relação ao mês anterior, mas cresceu 8,4% em relação ao ano de 2020 e se considerarmos o período dos sete meses do ano, o crescimento foi de 19,3%.

No que diz respeito às receitas: no mercado interno as vendas de máquinas registraram crescimento de 10,9% e nas exportações de 26,3%. No ano – janeiro a julho – a receita total de vendas superou em 34,3% à realizada no mesmo período de 2020.

Para mostrar a força da retomada no mercado interno a taxa de crescimento foi de 45,7%. Evidentemente havia uma demanda reprimida por isso um taxa tão alta. Mas ainda segundo os diretores da Abimaq, estes dados do mês de julho vieram na direção das expectativas, para os próximos meses eles esperam estabilidade das receitas nos níveis atuais o que resultará em crescimento no ano ao redor de 18%.

Em relação as exportações os números mostram que a intensificação das campanhas de vacinação em diversos países do mundo, combinada com importante política de estímulo às atividades, desencadeou ondas de otimismo e permitiu recuperação consistente em diversas economias, propiciando o aumento das vendas de máquinas e equipamentos. Até o mês de julho o setor superou em 22,4% as exportações de 2020 que representam, atualmente, 23% da receita total do setor.
O principal destino de nossas exportações foi a América Latina, seguida Estados Unidos e na sequência, países da Europa.

Mas na outra mão de direção, as importações também estão registrando altas neste ano. Após terem encolhido para a média de US$ 1,4 bilhão ao mês, as importações de máquinas e equipamentos ganharam força e em 2021 passaram a oscilar ao redor de US$ 1,7 bilhão por mês, como reflexo da recuperação das atividades produtivas observada a partir do segundo semestre de 2020. Em julho de 2021 houve recuo de 1,0% em relação ao mês de junho, quando as importações atingiram novamente US$ 1,7 bilhão, 38,4% acima de julho de 2020 (US$1,3 bi). No acumulado do ano as importações superaram em 15,3% as do mesmo período de 2020.

O balanço revela ainda que a utilização da capacidade instalada ficou em 67,2% entre janeiro e julho, pouco abaixo dos 68,9% do mesmo período do ano passado.

Entre junho para julho, a ocupação no setor ficou estável, com queda de apenas 0,1%, com utilização da capacidade instalada de 67,2% entre janeiro e julho, pouco abaixo dos 68,9% do mesmo período do ano passado.

O número de pessoas empregadas na indústria brasileira de máquinas e equipamentos aumentou registrando em julho de 2021 o décimo terceiro crescimento consecutivo no número de pessoas ocupadas no setor. A indústria de máquinas e equipamentos encerrou o mês de julho com 363 mil pessoas empregadas diretamente. Em relação ao mês de julho de 2020, foram criados 62,5 mil postos de trabalho. As maiores contratações ocorreram nos setores fabricantes de máquinas e implementos agrícolas e de máquinas para a indústria de transformação, setores que junto com a indústria de máquinas para construção vem acumulando as maiores altas na receita de venda.