Segundo dados divulgados nesta manhã (21/09) a cadeia distribuidora de aços planos representada pelo Inda – Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, o mês de agosto apresentou reação em relação ao mês anterior, fechando com um crescimento 5%. Foram 274.5 mil toneladas contra 261,4 registrado no mês passado. Mas se formos considerar a comparação com o mesmo mês do ano passado houve uma queda de 26,6%. Aqui cabe uma primeira explicação. O mês de agosto do ano passado foi o segundo mês de recorde de vendas da distribuição, pois era o início da retomada, após a pandemia que semiparalisou o país.
E a segunda explicação é a redução na chegada de produtos importados. Conforme divulgamos no mês passado a chegada dos produtos que haviam sido adquiridos no exterior nos meses de escassez do produto em nosso país, começaram a chegar em junho e devem continuar chegando até o inicio de outubro. A expectativa é que a partir daí as importações voltem ao patamar normal e regular conforme nos anos anteriores à pandemia mundial.
AS compras também mostraram um crescimento de 2,2% em relação a julho com um volume total de 302,5 mil toneladas contra 295,9 mil registradas no mês passado. Relação ao ano passado a queda foi de 2%, também justificada pois naquele momento as usinas voltavam a entregar grandes volumes.
Com este movimento o estoque da rede teve alta de 3.4% em relação ao mês anterior acumulando agora um montante de 848,2 mil toneladas, que significa 3.1 meses de giro das vendas.
As importações que conforme citado acima foi um dos motivos do aumento das vendas recuaram em 10,2% com um total de 189,7 mil toneladas contra as 211,3 mil registradas no ano passado.
Comentando um pouco sobre o mercado, Carlos Loureiro, presidente do Inda explicou que com relação aos preços do aço, se de um lado houve uma queda acentuada nos preços do minério de ferro, de outro aconteceu uma disparada de preços no carvão metalúrgico que é essencial na fabricação do aço.
Sobre a produção mundial de aço ele disse que a despeito da China ter reduzido a sua produção, que ainda permanece gigantesca, o problema maior é que a construção civil que é a maior consumidora de aço chinesa passa por dificuldades reduzindo o seu consumo e com isso afeta a todo o mundo.
Sobre os preços, nos EUA o Laminado a Quente continua cotado 2.078 dólares a tonelada, ou seja subiu ainda mais 70 dólares em relação ao mês passado.
Quanto as expectativas para os próximos meses Loureiro acredita que deve haver uma ligeira alta agora no mês de setembro, mas certamente será inferior àquela registrada no mês de setembro do ano passado, quando a rede bateu o recorde, vendendo mais de 400 mil toneladas.