A Anfavea entidade que reúne os montadores de veículos no Brasil, divulgou nesta manhã (06/10) o seu balanço relativo aos primeiros nove meses do ano deste ano e as revisões de suas previsões para o fechamento do período.

Prevalece a situação de falta de fornecimento dos semi condutores, que segundo informou o presidente da entidade Luiz Carlos de Moraes

fará com que a indústria automotiva global deixe de produzir de 7 a 9 milhões de veículos em 2021, retornando, portanto, aos níveis do ano passado. Ao longo do mês inúmeras foram as noticias de parada de produção em várias unidades, pela falta de componentes, principalmente os semi condutores.

No Brasil as vendas de novos veículos este ano podem variar de 2,038 milhões a 2,118 milhões, ou seja, com cenários de queda de 1% a crescimento de 3% na comparação com 2020, dependendo do recebimento destes componentes.

Já a produção deverá variar entre 2,129 milhões e 2,219 milhões, o que representará um aumento de 6% a 10% quando comparado com o ano anterior. Já as exportações, nas estimativas da ANFAVEA, ficarão em um intervalo de 357 mil a 377 mil unidades, alta de 10% a 16%.

Segundo Moraes “Nunca havíamos tido tanta dificuldade em enxergar o cenário em curto prazo na indústria automotiva. As incertezas para garantir a produção de veículos é grande com a crise de fornecimento global. Estamos presenciando uma procura por parte dos consumidores para compra de novos produtos, mas não temos unidades para atender à demanda”.

Os números de setembro
Segundo a entidade no último mês, 155,1 mil veículos foram licenciados, o que significa queda de 10,2% sobre agosto, com 172,8 mil unidades. É o pior resultado do setor desde junho de 2020.

No entanto se for analisado o resultado acumulado do ano, temos que a comercialização cresceu 14,8%, com 1,577 milhão este ano e 1,374 milhão em 2020. O dado foi impulsionado especialmente pelo segmento dos comerciais leves, que envolve picapes, furgões e vans.
As exportações registraram 277 mil unidades no período acumulado de 2021, um aumento de 33,8% frente às 207 mil do ano passado.

Porém, na análise mensal, houve um recuo de 19,7%, com 23,6 mil unidades em setembro comparadas às 29,4 mil em agosto.

Novamente a indústria não teve como atender a demanda devido a crise de abastecimento dos semicondutores nas montadoras.
Ao todo, 173,3 mil unidades foram produzidas no último mês, uma diminuição de 21,3% sobre as 220,2 mil de setembro do ano passado.

Nos nove meses já transcorridos do ano, a indústria fabricou 1,649 milhão de unidades, o que representa uma expansão de 24% em relação ao volume de 1,330 milhão do ano passado. Apesar do número positivo no acumulado, o número ainda está bem aquém do desejado e esperado. O volume fabricado até setembro foi puxado em sua maioria pelos comerciais leves (+46,5%) e pelos caminhões (+103,7%).

Fonte: Anfavea