Segundo dados informados em 26/10 pelo Inda – Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, entidade que representa os processadores e distribuidores de aço no Brasil, no mês de setembro foi registrada uma reação nas vendas com o setor atingindo o montante de 291,5 mil toneladas contra 274,5 mil do mês anterior. Isto significou um crescimento na ordem de 6,2%. Em relação a setembro do ano passado, que havia sido o mês do recorde da história, desde que as estatísticas passaram a ser divulgadas, a queda já esperada foi de 27,7%.

No tocante às compras as distribuidoras receberam das usinas siderúrgicas, um total de 276,6 mil toneladas, contra 302,5 mil toneladas do mês passado, portanto com queda de 8,6%. Em relação ao mesmo mês do ano passado a queda foi de 12,7%.

Com esta movimentação o estoque da rede fechou em números absolutos, com queda de 1,8% em relação ao mês anterior, registrando 833,2 mil toneladas contra 848,2 mil daquele mês. O giro de estoque fechou em 2,9 meses.

Ainda, segundo a mesma nota, as importações em setembro fecharam também com queda de 11,8% em relação ao mês anterior, com volume total de 167,3 mil toneladas contra 189,7 mil registradas naquele mês. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (74,4 mil ton.) as importações tiveram alta de 124,9%.

Segundo Carlos Loureiro, presidente executivo do Inda, alguns fatores chamaram a atenção no mercado neste momento. A maioria do aço importado (98 mil ton.), que chegou no mês de setembro, é de aços zincados, que por coincidência é a maior fatia das exportações das usinas brasileiras.

Outro fator que atualmente está acontecendo, e que foi dito nas apresentações de números nos meses anteriores é para o “encalhe” da importação nos portos brasileiros. Segundo ele, há entre 120 a 130 mil toneladas de aço importado em armazéns nos portos brasileiros que foram comprados na febre da importação e que chegaram no Brasil com preços acima do que o mercado pratica, ou seja, estão inviáveis para a venda nos preços que chegaram.

Ainda segundo ele, esta não é a primeira vez que tal situação acontece, pois apesar dos importadores terem auferido bons resultados na chegada dos aços comprados lá no final do ano passado, ou início deste ano, com preços daquela época, as compras posteriores já foram feitas em preços atualizados e estão chegando agora com enormes dificuldades de colocação.

Eles (os importadores) terão de optar, em reduzir ou perder a sua margem de resultados, ou manter o aço nos depósitos alfandegados, evidentemente com os custos que a operação requer.

Finalizando e falando sobre as expectativas, Loureiro disse que pelas previsões neste mês de outubro que está em andamento, as vendas do setor deverão recuar entre 3 a 5%.